A Seleção Nacional de andebol perdeu esta tarde com a Hungria (31-30), em jogo da segunda jornada do grupo B do Europeu. Portugal ainda sonha matematicamente com o apuramento, mas precisa de uma combinação de resultados, no mínimo, improvável.

Na Arena Multifuncional de Budapeste, os pupilos de Paulo Jorge Pereira foram bravos e competentes, mas acabaram traídos pela eficácia magiar a poucos segundos da buzina soar. Mas já lá vamos.

Portugal entrou em campo num pavilhão repleto de húngaros – cerca de 20 mil –, mas não se encolheu e rapidamente silenciou o ambiente frenético que se vivia, com um parcial de 3-0 nos primeiros instantes. 

A equipa da casa conseguiu recompor-se e foi equilibrando progressivamente o marcador, até ter mesmo conseguido a reviravolta, com a ajuda das exclusões quase seguidas de Iturriza e Salina.

O FILME DO JOGO.

Ainda assim, a equipa nacional fez uma ponta final de primeiro tempo e foi para o intervalo em vantagem: coube a Rui Silva, a poucos segundos do fim, fazer o 15-14.

Papéis invertidos

Se Portugal tinha entrado melhor no início do encontro, os papéis inverterem-se nos primeiros momentos da etapa complementar: a Hungria entrou determinada em dar a volta e colocou-se depressa em vantagem no marcador.

Mas a Seleção Nacional também respondeu bem e conseguiu novamente equilibrar as forças. Equilíbrio foi, aliás, o que se viu até ao final, com golo de um lado e resposta logo a seguir do outro.

A um minuto e meio do fim, registava-se um empate a 29, mas a exclusão de Iturriza veio desequilibrar a situação a favor da Hungria. Ainda assim, os homens de Paulo Jorge Pereira superaram-se com menos um e Daymaro Salina conseguiu fazer o 30-30 a 12 segundos do fim. 

A última posse de bola era para a Hungria, e uma Hungria em vantagem numérica que acabou por marcar mesmo em cima da buzina e conseguir a vitória, num jogo em que Portugal, mais uma vez, passou uma grande mensagem de força, mesmo numa partida que foi sempre muito difícil.

A Seleção Nacional ainda não está eliminada, mas as contas são muito complicadas: para passar, Portugal precisa que a Islândia vença ainda este domingo os Países Baixos, derrotar os próprios Países Baixos na próxima terça-feira e esperar que a Hungria perca com a Islândia, para haver um campeonato a três com húngaros e neerlandeses – aí o critério de desempate é a diferença de golos.

O desafio frente aos neerlandeses está agendado para terça-feira, a partir das 19h30.