A diretora técnica da seleção de ginástica rítmica da Itália, Emanuela Maccarani, foi suspensa pela federação na sequência de testemunhos de antigas atletas que revelaram que sofriam pressões e humilhações devido ao peso e ao regime alimentar.

A decisão foi anunciada em comunicado pelo presidente da federação ginástica italiana (FGI), Gherardo Tecchi, e aplica-se enquanto decorrerem as investigações sobre o comportamento de Maccarani, ela que ainda assim vai continuar a treinar as suas ginastas «até que o tribunal desportivo tome uma decisão».

Além de Emanuela Maccarani, também a sua adjunta, Olga Tisha, está a ser investigada pela FGI e procuradores de Monza, no norte de Itália.

Três antigas campeãs contaram ao La Reppublica, em novembro e dezembro de 2022, o sofrimento pelo qual passaram.

Nina Corradini, de 19 anos, fala de «violência e humilhação para não comer», um testemunho apoiado por Anna Basta, bicampeã do mundo de 21 anos que se retirou em 2020 e que equacionou o suicídio em duas ocasiões.

Já Giulia Galtarossa, de 31 anos, também ela duas vezes campeã do mundo, recordou como foi repreendida por comer uma pera e como depois foi-lhe entregue uma folha de dieta onde estava escrito «temos um porquinho na equipa».

Em declarações ao Corriere Della Sera, Maccarani nega as versões das antigas atletas e considera que as acusações se devem a ginastas zangadas por não terem sido escolhidas para as equipas olímpicas.