O Comité Olímpico Internacional (COI) informou esta segunda-feira que as sanções por controlo positivo de doping, que impediam vários atletas de competir nas datas originais das Olimpíadas de Tóquio 2020 (entre 24 de julho e 9 de agosto deste ano), não se vão aplicar em 2021, ano para o qual os Jogos Olímpicos foram adiados, devido à pandemia da covid-19.

Consultada a Agência Mundial Antidopagem (AMA), organismo a quem está entregue o controlo e a luta antidopagem, o Comité Olímpico Internacional esclareceu esta e outras questões no site oficial: «De acordo com as regras atuais, as proibições de dopagem são cronológicas e não específicas a eventos. O COI tentou em várias ocasiões introduzir regras que excluíssem os atletas condenados por doping nos Jogos Olímpicos subsequentes. Isso nunca foi permitido pelo Tribunal de Arbitragem do Desporto (TAS)», explica o COI.

Após muitas hesitações, as olimpíadas de verão de Tóquio 2020 acabaram por ser adiadas, devido à pandemia da covid-19, para o próximo ano, com o evento, o maior do mundo em termos desportivos, a ter agora realização prevista entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021.

O COI e a Agência de Controlo Internacional (ITA) anunciaram também que estão a trabalhar em conjunto para que, assim que terminem as restrições causadas pela pandemia, seja aplicado um novo programa de controlos antidoping, em provas anteriores aos Jogos. Nesse sentido, estão a ser analisadas ao pormenor novas substâncias, que poderão vir a ser proibidas, assim como se encontram já em fase de desenvolvimento novos métodos para as detetar.

«O tempo extra que temos antes do início dos Jogos oferece uma oportunidade para testar e validar novos métodos de deteção. Além disso, as amostras recolhidas durante os testes pré-Jogos serão armazenadas durante 10 anos, para que, quando os métodos de rastreio forem melhorados, estas possam ser testadas novamente», anunciou o Comité Olímpico Internacional.