Oscar Pistorius foi condenado a uma pena de seis anos de prisão em julho de 2016, mas o Ministério Público sul-africano veio, esta sexta-feira, pedir o aumento da pena para 15 anos. Em causa, recorde-se, está o homicídio da noiva Reeva Steenkamp.

Para a acusação, a pena de Pistorius é «escandalosamente leve» e não existem atenuantes a justificar uma sentença menor do que os 15 anos, pena mínima prevista pela lei sul-africana para a acusação de homicídio.

Os argumentos foram apresentados por Andrea Johnson perante o Supremo Tribunal de Recurso. A procuradora recordou que Pistorius disparou quatro vezes, que era uma pessoa treinada, não vulnerável e falou em brutalidade no momento do assassínio. Questionou, ainda, o arrependimento de Pistorius.

Em simultâneo, o tribunal ouviu também a defesa de Pistorius. O advogado Barry Roux reforçou o argumento de que o atleta disparou em pânico e que, no momento, não tinha as próteses que substituem as suas pernas, amputadas em criança.

A audiência desta sexta-feira inicia um processo em que a justiça sul-africana irá decidir a revisão da sentença a Pistorius, que esteve ausente da sessão.

Todo o caso remonta a 14 de fevereiro de 2013, data em que Pistorius matou a sua noiva em casa, em Pretoria, com quatro disparos através da porta fechada na casa de banho. Alegou pensar que, no local, estava um assaltante.

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