Está aí a temporada 73 da NBA e já sabemos que não vai ser como as outras, porque teve uma transferência daquelas que mudam o jogo: LeBron James foi para os LA Lakers. Claro que os Golden State Warriors, bicampeões, três títulos nas últimas quatro temporadas, continuam favoritos. Mas não vai ser igual.

A grande notícia da época da NBA é portanto do início de julho, quando LeBron, o melhor jogador de basquetebol do mundo, anunciou que iria assinar pelos LA Lakers, num contrato de quatro anos e mais de 130 milhões de euros.

Deixava uma vez mais os Cleveland Cavaliers, que levou a quatro finais seguidas e ao título de campeões em 2016. Antes disso já tinha saído de Cleveland para os Miami Heat, onde chegou a quatro finais e ganhou dois títulos. O que quer dizer que desde 2010 não houve uma decisão da Liga norte-americana de basquetebol profissional em que não estivesse LeBron.

Aos 33 anos, ele assumiu um enorme desafio, à procura de aumentar a sua lenda, naquela que será a 16ª temporada que cumpre na NBA. Chega a uma grandes equipas da Liga, mas muito longe dos tempos áureos. Os Lakers são uma super marca, a segunda equipa com mais títulos na história da NBA – 16, contra 17 dos Boston Celtics – mas vinham a definhar, a perder relevância. Em campo - não se apuram para os play-off há cinco épocas seguidas – e fora dele.

Orfãos de uma estrela desde a saída de Kobe Bryant em 2016, recuperaram uma lenda, Magic Johnson, para comandar as operações nos bastidores, e conseguiram agora o grande golpe do mercado. Onde chegarão no imediato com LeBron ainda é uma incógnita, mas o impulso de moral e expectativa é gigante.

LeBron chega literalmente a Hollywood. Não foi apenas a mudança para Los Angeles e para a equipa favorita das estrelas. Ele vai ser ator de cinema: vai participar na sequela de Space Jam, o filme de que foi protagonista Michael Jordan, aquele que já é hoje o único termo de comparação possível com a dimensão de King James.

A estreia de LeBron James pelos Lakers está marcada para quinta-feira, frente aos Portland Trail Blazers. Até lá, um cheirinho da pré-temporada dele em Los Angeles.

A mudança de LeBron não reforça apenas os Lakers. É coisa para mudar o jogo, lá está, nem é preciso usar a expressão em inglês. Ao rumar à Califórnia, ele passará a jogar pela primeira vez na Conferência Oeste. Até agora, nos Cavs e nos Heat, ele era a força de desequilíbrio a Leste. A sua saída deixa tudo em aberto por aí. Enfraquece obviamente os Cavs e abre espaço à ambição de equipas como os Boston Celtics, derrotados pelos Cavs nas duas últimas finais de Conferência, os Toronto Raptors ou os Philadelphia76ers. Celtics e Sixers defrontaram-se nesta madrugada na ronda de abertura, com vitória para Boston

Na Conferência Oeste, os Golden State ganham concorrência. Mas eles estão fortes, ninguém duvida. Os bicampeões, finalistas nas últimas quatro temporadas, a equipa que em 2016 bateu o recorde de vitórias numa fase regular, 73 em 82 jogos, mantêm a base de uma grande equipa com Stephen Curry, Kevin Durant, Draymond Green ou Klay Thompson, e reforçaram-se agora com outro «All Star» crónico, DeMarcus Cousins, que rumou a Oakland depois de uma época nos New Orleans Pelicans. Entraram na época regular, nesta madrugada, a vencer os Oklahoma City Thunder.

Portanto, a época promete. Com muita expectativa também, como sempre, em torno das caras novas. Os «rookies», jogadores de primeiro ano. Há Deandre Ayton, a primeira escolha do «draft», a prometer brilhar nos Phoenix Suns. Um poste de 2,16 metros, com uma pré-época à altura das expectativas: 18,2 pontos e 10 ressaltos por jogo. Mas não só. Há também Luka Doncic, o adolescente esloveno que já ganhou tudo com o Real Madrid e chega agora aos Estados Unidos como terceira escolha do «draft».

Foi originalmente selecionado pelos pelos Atlanta Hawks, mas trocado depois com Trae Young, a quinta escolha, e rumou aos Dallas Mavericks. Já deu que falar na pré-temporada, que terminou com uma média de 15 pontos, 5 ressaltos e 3,5 assistências.

Um resumo da pré-época de Doncic