Leonid Stanislavskyi tem 97 anos, joga ténis de forma amadora há mais de meio século, mas nem a idade e a dificuldade de encontrar adversários na sua faixa etária o impediram de participar nos campeonatos europeus para seniores e de ultrapassar oponentes mais jovens.

Este ucraniano já não se mexe como no passado – naturalmente – mas continua de raquete na mão e nos courts. É assim desde os seus 30 anos, altura em que um colega, então campeão soviético de ginástica, lhe introduziu o ténis.

Desde então, Stanislavskyi treina três vezes por semana na sua cidade natal, Kharkiv, no leste da Ucrânia.

«É um tipo de desporto elegante. É um bom exercício físico. É um jogo bonito. E há mais uma coisa sobre o ténis: podes jogar, não importa a idade que tens», afirmou o ucraniano, à Reuters.

Stanislavskyi detém o recorde do Guinness de jogador de ténis mais velho do mundo e está a treinar para os campeonatos do mundo de Super Seniores, que se realizam em outubro, em Maiorca, Espanha. Pela primeira vez, a Federação Internacional de Ténis (ITF) introduziu uma categoria para jogadores com 90 ou mais anos para o torneio de 2021, depois de um pedido escrito de Stanislavskyi ao organismo.

«Quando tinha 95 anos, sentia-me muito melhor do que agora. É mais difícil caminhar quando tens 97 anos. As pessoas com menos de 70 anos dizem: “obrigado, Deus, por ter vivido mais um ano”. As pessoas entre os 70 e os 90 dizem: “obrigado, Deus, por ter vivido mais um mês”. Eu conto cada dia e digo: “obrigado, Deus, por ter vivido mais um dia», disse Stanislavskyi, que sublinha a sua longevidade pelos bons genes e pela prática regular de desporto.

O que falta fazer? Stanislavskyi aponta: viver até aos 100 anos e defrontar o suíço Roger Federer.