Bruno Coelho, ala da seleção nacional de futsal, rejeita qualquer favoritismo português no duelo com a Sérvia, dos oitavos de final do Mundial.

«A partir desta fase, todas as seleções têm a sua metade de favoritismo. Não podemos dar favoritismo a Portugal sem primeiro mostrarmos o nosso valor dentro de campo. Isso é o mais importante e é para isso que temos estado a trabalhar», disse o jogador, em antevisão ao embate de sexta-feira, na Zalgirio Arena, na cidade lituana de Kaunas.

Bruno Coelho, de 34 anos, alertou para a determinação que os sérvios apresentam, lembrando que Portugal necessitará de suplantar essa «determinação e vontade de vencer», de forma a seguir em frente e cumprir com os objetivos a que se propuseram.

«O que queremos é ganhar. Se será nos 40 minutos ou depois, no prolongamento ou nos penáltis, não saberemos. Sabemos é que trabalhamos para ganhar e é isso que levamos para o jogo e queremos do jogo. Entramos para conseguir a vitória», vincou.

«É importante termos uma boa gestão emocional. Agora é aquela fase em que, ao mínimo deslize, podemos estar fora. Controlar as emoções e sensações é importante, mesmo quando estivermos a ganhar ou num jogo controlado a nosso favor. Senão, fica mais difícil para nós», explicou o internacional em 126 jogos, com 42 golos apontados.

Para Bruno Coelho, «quem errar menos, estiver mais concentrado e acertar mais, vai colher mais frutos» na competição, na qual já apontou dois tentos cruciais, um a dar o empate frente à Tailândia, que originou depois a reviravolta, e outro a recolocar Portugal em vantagem contra Marrocos, dando mais conforto para gerir o resultado.

«Felizmente, foram dois golos que deram o ‘mote’ para conseguirmos ter um jogo mais equilibrado e concentrado, mas o mais importante é, e sempre será, a equipa e o que trabalhamos e preparamos para o jogo», realçou o lisboeta.

O encontro entre Portugal e a Sérvia, a contar para os oitavos de final do Mundial de futsal, está agendado para sexta-feira, às 20:00 (18:00 em Lisboa), na Zalgirio Arena, em Kaunas. O vencedor defrontará, nos ‘quartos’, a Espanha ou a República Checa.