O presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Kartins (FPAK) acredita que Portugal pode vir a receber o Mundial de Fórmula 1 em 2021, apesar da ausência do país no calendário provisório do próximo ano.

«Com a instabilidade que vivemos, estou convencido de que podem voltar a haver alterações e países que, pelas mais diversas circunstâncias, não possam organizar corridas. Como os agentes intervenientes da Fórmula 1 gostaram muito do circuito e da forma como tudo decorreu do ponto de vista organizativo, nós podemos estar sempre à porta de fazer parte do ‘Grande Circo’», explicou Ni Amorim em declarações à agência Lusa.

O calendário de 2021 é o mais extenso de sempre e tem 23 corridas, sendo que uma delas, entre China e Espanha, ainda não está atribuída.

O responsável máximo da FPAK lembrou que Portimão deixou o paddock agradado e explicou por que razão o autódromo algarvio deve ser considerado uma mais-valia. «Os pilotos gostaram do traçado e acharam a pista bastante segura, atual e moderna. Viram que Portugal tem espaço para albergar todo o programa, sobretudo com corridas de apoio [Fórmula 2, Fórmula 3 e Porsche Supercup]. É outro argumento a nosso favor, até porque nem todos os circuitos têm essa capacidade neste momento», avaliou.

Ni Amorim disse ainda que a FPAK está a aguardar as conclusões de estudos económicos que comprovem que a organização de um Grande Prémio de Fórmula 1 é «altamente rentável» para que os decisores políticos manifestem interesse em fazer um investimento nesse sentido.

«A própria promotora Liberty e a Formula One Management têm de nos facultar esses elementos. Quando vierem, serão trabalhados e falados com quem de direito. Queremos voltar a dizer aos organizadores que, se houver algum percalço em 2021, aqui estamos. Já integrar em definitivo o campeonato em 2022 depende do Governo», acrescentou.