O selecionador português de andebol agradeceu ao falecido Alfredo Quintana o apuramento inédito para os Jogos Olímpicos, conseguido de forma épica, com uma reviravolta nos segundos finais do encontro.

«Não conseguíamos isto sozinhos e quero agradecer ao Alfredo Quintana, porque ele esteve sempre aqui», referiu Paulo Jorge Pereira, citado pela agência Lusa.

«Nas últimas duas semanas perdi alguns dias de vida, mas agora no jogo não. Conseguimos superar todas as dificuldades, trabalhámos mais do que nunca e acho que foi um feito extraordinário. Não está ao alcance de qualquer equipa fazer o que nós acabámos de fazer. Posso parecer louco, mas vamos lutar pelas medalhas nos Jogos Olímpicos», acrescentou ainda.

O presidente da Federação Portuguesa de Andebol assumiu o «enorme orgulho» no feito da seleção, e destacou também a influência do malogrado Alfredo Quintana.

«Conseguimos ultrapassar muitas dificuldades, das mais variadas ordens, com uma ambição enorme. O Alfredo Quintana esteve sempre aqui e é também por ele que vamos a Tóquio», referiu Miguel Laranjeiro.

«Vamos continuar a trabalhar, com ambição, e o limite é marcar presença nas fases finais das principais provas e bater de igual para igual com todas as seleções. O andebol é a primeira modalidade coletiva nos Jogos Olímpicos e isso é muito importante para nós, mas também para o desporto nacional, pelo que as autoridades devem olhar para as modalidades de outra forma», finalizou.

Portugal conseguiu o apuramento olímpico com um triunfo por 29-28, frente à França (que também vai a Tóquio). A quatro minutos do fim os «Heróis do Mar» perdiam por três golos, mas deram a volta ao marcador, e ainda viram a França marcar um golo depois, mas já depois do apito final.