O Comité Olímpico Internacional (COI) revelou que foram abertos processos disciplinares a 28 atletas russos suspeitos de recurso ao doping nos Jogos Olímpicos de inverno de Sochi, na Rússia.

O COI diz que as medidas foram tomadas na sequência das provas produzidas pelo investigador Richard McLaren, a pedido da Agência Mundial Antidopagem (AMA).

No seu relatório, McLaren acusa o estado russo de ter «patrocinado» o consumo de doping, recorrendo aos seus serviços de inteligência para organizar a troca de amostras de análises durantes os Jogos em Sochi.

O presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu os problemas de doping, mas negou a existência de um sistema estatal para apoiar essa prática ilícita.

«No nosso país, como em qualquer outro, temos problemas com isso, devemos admiti-lo e fazer tudo para impedir a dopagem», sublinhou o governante russo na habitual conferência de imprensa anual, acrescentando que «a Rússia nunca criou um sistema estatal de dopagem ou de apoio à dopagem».

De sublinhar que os casos não são ainda de doping, mas que a manipulação por si só pode conduzir a sanções, e que as 28 amostras serão reanalisadas pelo laboratório antidopagem de Lausana.

Já tinham sido sancionados pelo COI 27 atletas russos, em resultado da reanálise de amostras referentes aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e Londres 2012.