Roger Federer reacende o debate sobre a perda de tempo de alguns tenistas. O suíço teme que o jogo lento faça com que o público fique aborrecido e perca o interesse na modalidade.

«Acredito que nós, como jogadores, devíamos acelerar o tempo entre cada ponto porque o que eu não quero é que percamos espetadores», afirmou.

O tema vem de novo à baila depois das declarações polémicas de Lukas Rosol sobre o encontro com Rafael Nadal. O tenista checo queixa-se que Nadal passou o jogo todo a quebrar a regra dos 20 segundos.

«Penso que todos os jogadores deveriam ter o mesmo tempo entre cada ponto, mas aos grandes jogadores, que perdem mais tempo que os restantes, ninguém lhes diz nada. Não sei porquê», queixou-se Lukas Rosol.

No entanto, o tenista checo acha que é preciso tomar medidas, especialmente com Nadal que perde demasiado tempo com os seus rituais: «Não estamos a falar de 30 segundos, às vezes é um minuto. Ele põe-se a fazer os seus rituais todos e alguém tem de lhe dizer alguma coisa. Perguntei ao árbitro se estava tudo bem com o tempo e respondeu-me que sim».

Federer preferiu não comentar as queixas de Rosol em relação ao encontro e em especial a Nadal, mas fala da perda de tempo dos tenistas de uma forma mais generalizada.

«Sei que temos de nos concentrar para o ponto seguinte, mas isso podes fazer em dez segundos. Não é normal que só possamos ver dois pontos num minuto. Entendo que depois de uma corrida intensa ou longa há que descansar, mas não sempre. Existem regras e devemos segui-las», comentou o tenista suíço.

Acima de tudo, Federer preocupa-se com o facto de público ficar aborrecido e, consequentemente, perder o interesse na modalidade pelas constantes perdas de tempo. Para explicar, contou a sua experiência como espetador.

«No outro dia estava a ver um jogo e estavam a jogar tão lento que disse: Ok, não consigo ver isto! E é isto que não quero que aconteça», confessou o tenista suíço, que considera uma solução viável a instalação de um relógio: «Não estranharia que um dia instalassem um relógio, é algo que podemos ver noutras modalidades. Temos falado entre nós [tenistas] e não achámos mal».