João Sousa lamentou o anúncio de Roger Federer de que vai deixar o ténis, afirmando que o suíço foi uma inspiração na sua carreira.

«Ninguém estava à espera desta notícia, eu acho. É aquele tipo de notícia que ninguém quer ouvir», começou por dizer João Sousa, no final do treino de Portugal no Pavilhão Multiusos de Viana do Castelo.

O número um nacional reconheceu, contudo, que a reforma de Federer era algo expectável.

«Com 41 anos e com algumas lesões que o têm mantido fora do campo, chegou o momento de respeitar o corpo e entender o que ele está a pedir», acrescentou.

«Enviei-lhe mensagem, ele respondeu-me que foi uma decisão difícil, mas que estava contente. Por isso, fico feliz por ele. É um referente do ténis mundial para toda a gente. Muitas pessoas jogam ténis por causa dele. E foi uma inspiração para muitos miúdos. Vai ficar, e fica, na história do desporto como um dos melhores, se não o melhor da história.»

João Sousa recordou os seus encontros com o antigo número um mundial – em court, foram dois, em Halle 2014 e no Masters 1.000 de Roma, em 2019, sempre com vitória de Roger Federer.

«Quando era pequeno via-o jogar e lembro-me que a primeira vez que joguei com ele em Halle foi quase um sonho tornado realidade. Foi uma inspiração para muita gente, para mim também. Há muita gente triste por ver o Federer fora do campo», referiu.

«Sempre que chega a um sítio tem uma aura, uma maneira de estar diferente. As pessoas notam isso e respeitam isso. Comigo foi sempre 10 estrelas. Tivemos conversas agradáveis, ele gosta de futebol, gosta de Portugal e sempre falámos muito. É verdade que o admiro imenso, como muita gente.»