João Sousa regressa, pela 10.ª vez a Paris para disputar Roland Garros, o segundo major da temporada, mas, este ano, apesar de estar a viver uma fase menos boa, diz estar a recuperar a confiança de outrora.

«Os níveis de confiança estão bons. Tenho vindo a jogar melhor nas últimas semanas, como aconteceu em Lyon [ATP 250 de Lyon], e ganhei alguns encontros, o que é sempre bom para a confiança», explicou o tenista vimaranense, em declarações à agência Lusa.

A «preparação está a correr bem», conta, e como acedeu diretamente ao quadro principal, sem ter que disputar a fase de qualificação, regressou «uns dias a Barcelona para preparar esta semana» do segundo torneio do Grand Slam.

«Sinto-me bem e a jogar bem. Voltámos para Paris na quarta-feira, para nos adaptarmos às condições e às bolas do torneio. E tenho treinado bem, tanto individualmente com o Frederico [Marques, treinador], como com outros atletas, portanto tem corrido bem até ao momento», avançou o minhoto, de 32 anos.

João Sousa será o único representante nacional no quadro principal do torneio francês, após as derrotas de Pedro Sousa, Frederico Silva e João Domingues na fase de qualificação, e vai estrear-se no pó de tijolo como 113.º colocado na hierarquia ATP frente ao norte-americano Taylor Fritz, de 23 anos, um jogador que considera «perigoso».

«A primeira ronda num Grand Slam é sempre difícil, não há encontros fáceis. Toda a gente quer jogar bem e, por isso, estamos à espera de um desafio difícil frente a um jogador muito talentoso, que tem vindo a fazer grandes encontros e vem com confiança certamente. Nunca o defrontei, mas já treinei com ele e, portanto, sabemos que é muito perigoso e que vai dar tudo por tudo para tentar vencer, assim como eu. Será muito disputado e vou dar o meu melhor para tentar vencer», frisou.

Além de nunca ter defrontado o número 33 da tabela mundial e 30.º cabeça de série, João Sousa volta a Paris, pela primeira vez, desde 10 de setembro de 2012, com o estatuto de número dois nacional e a precisar de vencer encontros para recuperar os níveis de confiança que, em 2013, 2015, 2016 e 2017, o levaram à segunda jornada na catedral da terra batida e aos resultados que, durante quase oito anos, o colocaram ininterruptamente entre os 100 melhores do mundo.