A conquista de dois títulos do Grand Slam em 2022 permitiu a Rafael Nadal isolar-se no topo da lista dos tenistas com mais títulos do Grand Slam conquistados.

O espanhol lidera esta lista com 22 Majors, mais um do que Novak Djokovic e dois do que o já retirado Roger Federer e, aos 36 anos, ainda não está a preparar a retirada.

«Não visualizo por uma simples razão. Não sou muito de tentar adivinhar, de prever ou preparar o futuro porque as coisas mudam muito rápido. Sei que esse momento está mais próximo do ano passado, sem dúvida, e que há dois anos. É pura lógica. Quando tiver de acontecer, acontecerá. Mas gostava que fosse num court de ténis, isso sim», disse numa entrevista à Marca.

Nada recordou a retirada recente de Roger Federer, que o deixou em lágrimas, e disse que vai também emocionar-se no dia em que outras lendas do desporto se retirarem: como, por exemplo, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. «A retirada do Roger foi um dia triste e emocionante. Creio que é um dos grandes ícones da história do desporto em geral, então foi um momento duro, não apenas como rival e companheiro, mas também como amante de ténis. Passei o mesmo com Paul Gasol ou Zidane e vai-me acontecer também com Messi e Cristiano. São pessoas com as quais cresci durante toda a minha vida, com quem partilhei momentos e que vi pela televisão. São quase família. E quando se retiram, como se passou com o Roger, já sabemos que não voltamos a vê-los jogar.»

O tenista maiorquino falou ainda sobre o compatriota Carlos Alcaraz, atual número 1 do Mundo e apontado como o sucessor dele no ténis espanhol. «É muito especial e é um jogador que creio que vai marcar uma época. O que tem ele de especial? Normalmente, o que torna alguém tão especial é ser muito bom, nada mais [risos]. Quando digo que é especial, quero dizer que é muito rápido, bate na bola com muita força, tem um grande 'drive' e uma grande esquerda e capacidade para ser um grande tenista», apontou.