Continua a dar que falar o boicote de Naomi Osaka às conferências de imprensa. Desta vez, foi o treinador da japonesa a pronunciar-se sobre a polémica.

Para Wim Fissette, o boicote «é para fazer notar problemas e começar mudanças». Em entrevista à publicação alemã Der Spiegel, o belga confessou que a número dois mundial está «a usar o seu estatuto» enquanto estrela global para trazer atenção para problemas importantes.

«Nos Estados Unidos, os atletas querem mais liberdade com a imprensa. Por isso, não são simplesmente ameaçados com uma sanção se não se sentirem bem», completou Fissette.

Antes do início do Grand Slam francês, Naomi Osaka anunciou que não marcaria presença nas conferências de imprensa a seguir aos encontros, não por si, mas por «estar preocupada com assuntos fundamentais e querer mudanças».

«Não me vou sujeitar a pessoas que duvidam de mim. Já vi muitas vezes atletas irem-se abaixo, após uma conferência de imprensa a seguir a uma derrota. Penso que isso é como pontapear alguém que já está no chão, e não entendo a razão disso», atirou a quatro vezes vencedora de Majors.

A tenista japonesa foi multada em cerca de 12 mil euros por ter não ter falado à imprensa após o seu encontro da primeira ronda, em que levou de vencida a romena Patricia Maria Tig por 6-4 e 7-6. A organização do torneio ameaçou mesmo Osaka com a desqualificação se a situação se voltasse a repetir.