(artigo atualizado)

Mateus Pasinato é o guarda-redes da Liga com mais defesas feitas nas 24 jornadas já realizadas da competição.

Mas em quem se inspirou e se inspira atualmente o guarda-redes do Moreirense?

«Sou da geração do Brasil pentacampeão. Sou da geração de Marcos, Rogério Ceni, Dida. Taffarel foi um pouco antes. Tive a oportunidade de jogar contra o Rogério Ceni: ele teve um livre a favor, mas não marcou: foi para fora», recordou sobre o mítico guarda-redes goleador.

Pasinato, que também teve como referência o alemão Oliver Kahn, escolheu ainda aqueles que considera serem os melhores guardiões da atualidade. «Hoje são o Alisson, o Ter Stegen e o Oblak. São o topo, a referência para nós. O Oblak está sempre muito bem posicionado, o ter Stegen é muito completo e o que o Alisson conquistou individualmente e coletivamente é histórico», referiu, escolhendo aquele com que se considera mais parecido. «Não sei, mas espelho-me muito na postura do Alisson: acompanhei a carreira dele no Brasil e somos da mesma idade», disse, assumindo que procura beber um pouco das virtudes de cada um deles.

A cumprir a primeira época no futebol nacional, Pasinato é um dos oito totalistas da Liga (todos guarda-redes) e faz um balanço positivo da época. «Cheguei para suprir a saída do Jhonatan e vim preparado. Sabia que podia jogar ou não, como é normal no futebol. Mas fico contente por ser totalista na Liga e ser o guarda-redes com mais defesas. Isso só nos motiva a trabalhar mais e a fazer uma grande época no Moreirense», referiu.

Recorde-se que na época passada a equipa minhota ficou no sexto lugar, muito perto da zona europeia. Agora, o objetivo principal é alcançar a manutenção, mas sempre com vista a entrar na história dos cónegos, ainda que sem pressão por isso. 

«Estamos aqui para fazer o nosso melhor e buscar o melhor para o Moreirense. Na época passada ficou perto da Liga Europa, mas esse não é um objetivo que tem de ser colocado a qualquer custo. Já estivemos a duas da zoposições na de descida e agora estamos em oitavo. O futebol é muito relativo. Como jogadores, queremos colocar o nosso nome na história do clube. Europa? Almejamos buscar o melhor lugar do Moreirense na Liga. O principal objetivo é a permanência. Sendo que na época passada o resultado foi um sexto lugar, buscar um lugar melhor dá acesso às competições europeias, mas isso não é objetivo traçado, um fardo, nem algo que nos seja cobrado. É para entrarmos em campo sempre focados e com um grande objetivo: fazer com que a camisola do Moreirense tenha sempre mais peso e valor.»

Mateus Pasinato está no emblema minhoto na qualidade de jogador cedido pelos brasileiro do XV Piracicaba e não fecha as portas a um ingresso no Moreirense a título definitivo. «Há essa cláusula no contrato no fim da época e se o Moreirense quer exercer essa opção, é porque tem confiado no meu trabalho e isso é muito bom. É um clube que oferece todas as estruturas e que está a crescer. (…) Desde 2016/17, quando foi campeão na Taça da Liga, vem buscando títulos e isso é muito bom: quando vim para cá, foi um factor que pesou, até a questão de o presidente honrar os compromissos e ser uma pessoa correta. Temos feito um bom trabalho e acho que se calhar pode acontecer no final da época», concluiu.