José Mota e Bizarro, treinadores do Leixões e do Caniçal, respectivamente, comentaram desta forma o triunfo do Leixões (4-1, após prolongamento), na 3ª eliminatória da Taça de Portugal:
José Mota: «Esta é mais uma prova de que já não há jogos fáceis e quando não encaramos as partidas da mesma forma, há surpresas. Hoje, enfrentámos um adversário que nos criou dificuldades e, por isso, tivemos de sofrer. Não entrámos bem no jogo, as coisas não estavam a sair bem e a primeira parte terminou com o golo do Caniçal, o que nos obrigou a repensar a estratégia e a atitude para o segundo tempo. Só mudando a atitude poderíamos chegar ao golo. Na segunda parte chagámos ao golo depois de termos alterado alguns aspectos, mas nestes jogos, onde há pouco espaço, é preciso criatividade e jogar pelos flancos. Tivemos dificuldades no jogo em profundidade, mas criámos oportunidades e podíamos ter resolvido o encontro durante os 90 minutos. Mas, realmente, há jogadores melhores e equipas mais bem preparadas e isso notou-se no prolongamento. Notou-se em termos físicos e técnicos. Também é a prova de que se trabalha bem nas divisões secundárias e há jogadores que só precisam de uma oportunidade para poderem aparecer».
Bizarro: «Ainda ontem, na viagem da Madeira para cá, um adepto do Caniçal disse que tínhamos de jogar com trincos e fechaduras, mas eu disse que não. Equipas minhas nunca irão jogar assim, mas olhos nos olhos, cara na cara. A equipa foi fantástica na entrega, cumprindo à risca o que tinha sido indicando, embora falhando aqui e ali na finalização. Tenho de lhes dar os parabéns. O Leixões ganhou bem. Dizem-me que no nosso golo há fora de jogo, não sei se será ou não, mas do que não tenho dúvidas é do lance aos 85 minutos, que seria penalty. Se fosse marcado, o jogo poderia ser muito diferente. O meu jogador jurou a pés juntos que foi derrubado. A vitória do Leixões não está em causa, mas os números são exagerados».