A Assembleia da República lamentou esta quinta-feira, em dia de aprovação do Orçamento de Estado, a morte do piloto Paulo Gonçalves, no passado dia 12 de janeiro, considerando que o desporto nacional fica mais pobre, mas considerando que o seu legado perdurará.

«Com a sua morte o desporto nacional fica mais pobre, mas o seu legado enquanto atleta e ser humano perdurará como referência nos anais do motociclismo português», refere o voto de pesar, proposto pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e aprovado por unanimidade.

O piloto português Paulo Gonçalves, de 40 anos, morreu na sequência de uma queda na 7.ª etapa do rali Dakar, na Arábia Saudita.

«Internacionalmente reconhecido pela sua camaradagem, sempre pronto a ajudar os colegas em dificuldades, Paulo Gonçalves foi distinguido com vários prémios fair-play, de que se destaca o Prémio Ética no Desporto que lhe foi atribuído, em 2016, pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude», assinala o voto.

O parlamento destacou a «expressiva carreira desportiva» do piloto português, que se sagrou campeão mundial de ralis de todo-o-terreno em 2013 e alcançou o segundo lugar no Dakar 2015, «pertencendo ao lote restrito de pilotos que competiram nos três continentes (África, América do Sul e Ásia)».

«Todos nós sentimos o falecimento» de Paulo Gonçalves, disse Ferro Rodrigues, propondo à câmara um aplauso, em homenagem ao piloto.