José Mourinho reconhece que o Inter deu um passo importante rumo ao scudetto com a vitória sobre a Udinese. Ainda assim, o técnico português lembra que a sua equipa ainda precisa de somar cinco vitórias: «Não, ainda não somos campeões, faltam-nos 15 pontos. Mas claro que esta vantagem nos dá mais tranquilidade e põe mais pressão na Juventus. Por isso, estamos mais perto: ainda não conquistámos nada, mas é verdade que se sente um certo perfume», admitiu.
Mourinho admitiu também que a entrada de dois jogadores experientes como Figo e Vieira ajudou a resolver as dificuldades: «Nunca nos desconcentrámos, apesar da boa primeira parte da Udinese, que foi melhor do que nós até ao intervalo. Esta noite fiquei contente com as entrada de Figo e Vieira, que nos trouxeram experiência. A nossa vitória não foi só sorte. O Inter sabe estar em campo, jogar com inteligência e é nos momentos difíceis que homens experientes podem fazer a diferença», sublinhou.
Durante o jogo, o técnico do Inter teve uma discussão com o avançado da Udinese, Quagliarella, a propósito de um penalty reclamado pelo internacional italiano. No fim do jogo, Mourinho garantiu que tudo tinha ficado encerrado e deixou um forte elogio ao jogador: «Na altura disse a Quagliarella que era simulação e que isso podia custar-lhe a expulsão. Ele garantiu que não se atirou para o chão e ficou tudo bem entre nós. Aliás, ainda agora passou pelo nosso balneário. E eu até gostava de vê-lo com a camisola do Inter, porque me agrada muito como jogador.»
A concluir, Mourinho voltou a referir-se com preocupação à situação de Adriano, que continua no Brasil, sem contactar com a equipa: «Não falo com ele desde que foi para o Brasil. Espero que os adeptos não se zanguem, mas que se preocupem e percebem que Adriano vive uma situação delicada, ainda mais difícil para o homem do que para o jogador», concluiu.