O Inter empatou no Giuseppe Meazza com o Palermo, depois de estar a vencer por 2-0, na primeira parte. No final da partida, o treinador do líder da Série A, José Mourinho, afirmou que o «resultado não agrada», mas que ainda tem vantagem sobre o segundo classificado, a Juventus, que só entra em campo esta noite. Sobre a igualdade, Mourinho lamentou que os jogadores não tenham ouvido o que disse ao intervalo.
«O primeiro tempo foi um dos melhores que o Inter fez em San Siro, a equipa agiu com intensidade, qualidade, ritmo e até podia ter marcado mais», começou por analisar o técnico, aos microfones da «Sky» italiana. «Praticamente, o Palermo não teve modo de aproximar-se da nossa baliza», considerou.
José Mourinho referiu depois que os segundos 45 minutos foram muito diferentes. «Vi um Inter mais negativo, sem a mesma concentração da primeira parte, uma equipa que acreditava que o jogo estava decidido», analisou.
O treinador prosseguiu na leitura do encontro: «Ao invés, o Palermo, mesmo antes de marcar o primeiro golo, já estava a ser muito perigoso. Estava para lançar o Patrick Vieira com o resultado em 2-0, mas depois houve o golo de Cavani e, de imediato, o 2-2. É um resultado que não agrada, ouvi que o Inter não quer fechar o campeonato, mas não creio que seja assim. Perdemos a ocasião de sair do jogo com o Palermo com 12 ou nove pontos de vantagem sobre a Juventus, mas faltam sete jogo e nada está encerrado. Na pior das hipóteses, estaremos à frente, com sete pontos por cima»
José Mourinho alertou para o perigo da segunda parte, mas sublinhou que os jogadores não prestaram atenção ao diálogo no intervalo. «É um pecado que ninguém tenha ouvido o que disse a meio do jogo, no balneário. Falava de um jogo cujo resultado estava em 2-0, que pode parecer decidido, mas que não estava.»
O treinador do Inter afirmou ainda que não acredita que os candidatos ao título «vão ganhar as sete partidas que faltam», pois «alguém vai perder» pontos. «Na semana passada, aproveitámos o deslize da Juventus com o Chievo, hoje, se vencer, serão eles a beneficiarem. Se ficarmos com sete pontos de vantagem, também não é um drama», concluiu o técnico português.