O Inter de Milão venceu este sábado o Génova, em Génova, por 2-0, infringindo a primeira derrota ao adversário (era até esta tarde, a par precisamente do Inter, a única equipa que ainda não tinha perdido em casa). Com Figo em campo até aos 72 minutos, embora algo discreto, a formação de Mourinho foi sobretudo pragmática.
Soube sofrer perante um adversário que atacou muito mais e marcou nos momentos certos. O segundo golo, que arrumou com o jogo, já na segunda parte, veio embrulhado em muita polémica. A jogada começou num lançamento longo, Ibrahimovic tocou de cabeça e isolou Balotelli, que passa por Rubinho e remata enrolado para a baliza.
Surge então o capitão Marco Rossi a tirar a bola sobre a linha. O central do Génova parece tirar a bola dentro da baliza, fica a dúvida se passou toda a linha de golo. O árbitro entendeu que sim. E o jogo ficou mais simples. A partir daí, o Génova perdeu confiança e só por uma vez ameaçou o golo, num desvio de Biava que saiu ao lado.
Antes disso, o jogo tinha começado bem para Mourinho: marcou aos dois minutos por Ibrahimovic. O sueco apareceu solto sobre a direita, entrou na área e à saída de Rubinho picou a bola sobre o guarda-redes. Depois disso, só voltou a criar perigo nos descontos, num lance em que Ibrahimovic surgiu isolado mas foi mais lento do que Rubinho.
A partir daí o Génova assumiu as despesas atacantes e por três vezes ficou perto de marcar na primeira parte. Valeu a tarde inspirada de Júlio César. O guarda-redes parou um cabeceamento para golo de Thiago Motta (21 minutos) e um desvio de Biava a dois metros da baliza (45 m). Antes disso, o mesmo Thiago Motta tinha rematado ao lado.
A sorte que Mourinho teve nessa altura, faltou-lhe noutros momentos. Sobretudo quando perdeu os dois centrais. Materazzi lesionou-se aos 14 minutos e foi substituído por Córdoba, pouco depois Burdisso também se lesionou no joelho, deu lugar a Muntari e obrigou Cambiasso a recuar para central. O que tirou tranquilidade à defesa, claro.
Foi também nessa altura que o Génova começou a tornar-se mais perigoso. Dominou o jogo territorialmente e procurou por todas as formas criar perigo. Num jogo pobre, com muitas faltas e muitas disputas físicas, criou quatro boas ocasiões para marcar apenas. O que não foi suficiente. O Inter ganhou, regressou aos triunfos e cimentou a liderança.
Tudo isto, recorde-se, num jogo que era um duro teste ao Inter, após a derrota para a Taça com a Sampdoria por 0-3 e antes da deslocação a Manchester, para a decisão da Liga dos Campeões. Tudo isto numa semana que começou com Mourinho a fazer declarações explosivas. O último teste antes de Manchester correu bem, portanto.
Ficha de jogo:
Génova: Rubinho; Biava, Criscito e Boccheti (Mesto, 73m); Ferrari, Thiago, Motta, Juric e Rossi; Jankovic (Palladino, 56m), Diego Milito e Sculli (Olivera, 66m).
Inter: Júlio César; Maicon, Burdisso (Muntari, 31m), Materazzi (Córdoba, 16m) e Santon; Figo (Mancini, 72m), Cambiasso, Zanetti e Stankovic; Balotelli e Ibrahimovic.
Golos: Ibrahimovic (2m) e Balotelli (45m).