José Mourinho diz que o Real Madrid vive um momento em que não precisa de se preocupar com o Barcelona, nem no campeonato, onde estão separados por dez pontos, nem na Champions, perante a possibilidade de reencontrar o rival na final.

«Se quero jogar com o Barcelona na final da Liga dos Campeões? Desejo ganhar os quartos de final, isso sim é o que desejo. E chegar duas vezes consecutivas às meias-finais, que há muitos anos que não conseguíamos. Quando cheguei ao Real Madrid não éramos cabeças de série. Estamos a recuperar o nosso estatuto. O próximo passo é chegar às meias e se depois atingirmos a final teremos tempo para falar», defendeu o técnico merengue, neste sábado, durante a conferência de imprensa de antevisão da jornada com o Málaga.

O APOEL dos portugueses Nuno Morais, Paulo Jorge, Hélder Sousa e Hélio Pinto é o próximo obstáculo na liga milionária, equipa que José Mourinho disse conhecer bem e, por isso, não subestimar.

«Falar de equipas mais ou menos fortes não faz sentido. Temos de respeitar o rival que nos calhou, ainda que não tenha a história de outros nesta prova. Joguei com eles há três anos, quando estava no Inter e estavam ao nível europeu. Nesta época, fizeram uma fase de grupos muito boa, frente a rivais que não eram fáceis. FC Porto e Shakhtar Donetsk foram eliminados, eles seguiram em frente e eliminaram depois o Lyon. Não vou ser hipócrita, é uma equipa que à partida tem menos poderio e estatuto que outras, mas é uma equipa que está com mérito nesta fase e que eu respeito profundamente. Pelo Inter marcámos no minuto 93, perdíamos por 2-1 e marcámos sem merecer. É uma eliminatória complicada», perspetivou.

Apesar da euforia em redor dos merengues, o treinador lembrou que ainda não ganharam nada. «Vivemos uma fase em que só temos de pensar em nós. No ano passado, pensávamos em nós e com quem jogava o Barcelona, se empatava ou perdia, esperando, esperando e esperando. Agora só pensamos em nós. Também na última temporada, por esta altura, estávamos quase a ganhar um título [Taça do Rei, em Abril], mas nesta, de momento, ainda nada. Estamos bem mas não temos nada», alertou.