José Mourinho não comenta nenhuma «chicotada» do futebol inglês em particular, e por isso não fala especificamente do caso do compatriota André Villas-Boas, mas defende que a aposta nos treinadores deve ser firme.

«Cada casa é a sua casa, cada família é uma família. Só quem está envolvido é que pode falar, mas a única coisa que posso dizer é que não fico feliz com nenhuma saída», começou por dizer o técnico do Chelsea.

«Acredito que, quando dás o trabalho a alguém, é por que confias nessa pessoa, mesmo quando os resultados não são os esperados. Todos os treinadores devem ter tempo, cumprir o contrato. No fim analisa-se para ver se há condições para continuar ou se é melhor terminar», acrescentou depois.

O técnico português, que assumiu ser contra uma paragem de Inverno, falou depois do duelo com o Arsenal, marcado para segunda-feira, manifestando a convicção de que será «um grande jogo». «Pena que o jogo não é amanhã. Estou pronto para o encontro e quero muito jogá-lo», acrescentou.

Mourinho admitiu recentemente uma mudança na forma de jogar do Chelsea, mas isso não deve passar por uma alteração na disposição tática. O técnico falou antes da importância de ter um sacrifício defensivo por parte dos elementos mais adiantados. «Dominámos todos os jogos. As estatísticas provam isso claramente. Os jogos que perdemos foram aqueles em que tivemos mais posse de bola. Os adversários têm a melhor eficácia nos jogos contra nós. Em duas oportunidades marcam dois golos», referiu.

O técnico português falou ainda do sorteio dos oitavos de final da Liga dos Campeões, que ditou o regresso de Drogba a Londres: «Fico feliz não pelo valor do adversário mas por ser fenomenal que o Didier volte a Stamford Bridge e sinta o respeito e o carinho de toda a gente.»