O «Movimento Benfica, Vencer, Vencer» apresentou, nesta terça-feira, o seu projecto para a liderança do clube encarnado. A cerimónia, realizada num hotel da cidade de Lisboa, contou com a presença de algumas figuras ilustres, como Gaspar Ramos, Arrobas da Silva, Fernando Tavares, Jaime Antunes, Veloso, Mozer ou a colunável Maya. José Veiga foi o elemento em destaque.
«O Benfica está numa crise. Está em decadência desportiva e financeira. Temos um passivo superior a 350 milhões de euros. Quem chamou o nosso atleta Rui Costa para se proteger? Quem contratou um treinador para dois anos e o mandou embora contra a vontade dos sócios», começa por dizer Varandas Fernandes, médico e um dos responsáveis do movimento. Na mesa, estavam ainda José Augusto e Rui Rangel.
O juiz Rui Rangel também dá a cara por este grupo, lamentando a antecipação do escrutínio. «É um enorme prazer olhar para esta sala e ver as pessoas que aqui estão. Tenho uma vida pública de intervenção há vinte anos. O problema do Benfica é de gestão, de liderança. Não é um problema de jogadores nem de treinadores», considera.
«Uma direcção demissionária não pode estar a contratar jogadores ou treinador. Isto não é o Benfica, esta gente não faz falta ao Benfica. É preciso falar verdade aos benfiquistas. Não adianta dizer que precisam de tempo para acabar o projecto. Qual projecto? O projecto das derrotas? A principal dinâmica é a das vitórias. O fundamental é o futebol», acrescenta.
Rui Rangel assumiu protagonismo, mas o movimento ainda não apresentou um candidato. «Nenhum de nós quer que o F.C. Porto se hegemonize no futebol em Portugal. Na componente desportiva, é preciso inverter isto. O Jesualdo Ferreira não dava para o Benfica, mas deu para o F.C. Porto. Pela sua estrutura e liderança. O Benfica tem de pensar sempre na Liga dos Campeões, não pode estar a lutar pelo terceiro lugar», atira.
José Veiga, que marcou presença no evento, garante apoio ao movimento. «Estou aqui para apoiar este movimento. Posso fazer parte do projecto, tal como pode fazer qualquer uma das pessoas que está aqui presente. Não sou candidato porque não cumpro o número de anos de sócio necessários, como toda a gente sabe. Mas não sei que medo teve o presidente do Benfica para antecipar as eleições», diz.