O movimento Servir o Benfica pediu novamente esta segunda-feira esclarecimentos ao Conselho Fiscal do emblema da Luz sobre os negócios de Rui Costa, agora presidente do clube, e do filho, Filipe.

No pedido, revelado pela Lusa, o movimento escreve que as dúvidas, que envolvem as empresas Footlab e Ksirius Football Management, «são partilhadas por centenas de sócios.»

O movimento garante que a Footlab é detida pelo atual líder das águias «através de uma das diversas empresas da qual é acionista» e que Filipe Costa, seu filho, acumula a função de CEO [diretor-executivo] da Footlab com a função de colaborador da sociedade Ksirius Football Management, função que exerce há quatro anos e sete meses.

O documento refere ainda que a Ksirius Football Management informa publicamente que agencia dez jogadores que têm contrato com o Benfica e que Filipe Costa participou na apresentação de diversos atletas, «tendo partilhado o próprio nas suas redes sociais fotografias comprovativas da sua participação na referida intermediação, como é exemplo da apresentação da atleta Caroline Vanslambrouck».

«Filipe Costa se autodenomina CEO é detida pela sociedade 10 Events, Lda. e não pela sociedade 10 Invest SGPS, Lda, não obstante ambas terem como acionista o mencionado membro dos órgãos sociais Rui Manuel Costa, e partilharem ambas o mesmo endereço fiscal», lê-se ainda.

O movimento Servir o Benfica indica uma possível violação do artigo 44 dos estatutos do Benfica e entende que as explicações já dadas por Rui Costa sobre o tema «são um lamentável processo de vitimização e de intenções sobre os signatários».

De acordo com o ponto quatro do artigo 44 dos estatutos do Benfica, «os membros dos órgãos sociais não podem, direta ou indiretamente, estabelecer com o clube e sociedades em que este tenha participação relevante, relações comerciais ou de prestação de serviços, ainda que por interposta pessoa, considerando-se para estes efeitos, nomeadamente, o cônjuge, ascendentes e descendentes».