A temporada 2016/17 continua a bater recordes no que diz respeito a mudanças de treinadores na Liga. Jorge Simão rescindiu com o Sp. Braga nesta terça-feira e entra Abel, naquela que é a 19º mudança no comando técnico de um clube, ou seja, mais do que as equipas existentes no campeonato.

Ainda há praticamente uma semana, Quim Machado era vítima do chicote, saíndo do banco do Belenenses, para a entrada de Domingos Paciência.

Somando às «chicotadas» as saídas «voluntárias» de Lito Vidigal (do Arouca para o Maccabi Telavive) e de Jorge Simão (do Desp. Chaves para o Sp. Braga e agora do Sp. Braga para o desemprego), são já 19 as alterações.

O primeiro de todos foi Paulo César Gusmão, técnico brasileiro que assumiu o Marítimo no início da época mas durou apenas cinco jornadas à frente do cargo, tendo sido despedido a 19 de setembro.

No mês de outubro foi a vez de Júlio Velázquez deixar o Belenenses, no dia 6, e ainda Erwin Sánchez, que saiu do Boavista quatro dias depois.

Em novembro somaram-se, mais três saídas. Nuno Capucho deixou o comando técnico do Rio Ave no dia 10, Pepa saiu do Moreirense a 21 e Carlos Pinto rescindiu com o Paços de Ferreira no dia 28.

Em dezembro, no dia 11, foi a vez de Fabiano Soares também deixar o Estoril. Seguiu-se José Peseiro, com a mudança de Jorge Simão, e depois José Mota, que deixou o Feirense. A vez de Manuel Machado chegou ainda antes do final do ano.

Ao nono dia de 2017, Petit demitiu-se do Tondela e o clube recorreu a Pepa, que começou a temporada no Moreirense. E a 10 de fevereiro foi a vez de Vidigal, uma saída confirmada pouco depois da derrota do Arouca na Luz (3-0) que abriu a 21ª jornada. De forma rocambolesca, porque o clube e o treinador não quiseram comentar o tema na sala de imprensa, mas oficializaram a saída momentos depois.

Em março foi a vez de o Estoril prescindir dos serviços do espanhol Pedro Gómez Carmona para ir contratar Pedro Emanuel, depois de ter começado a época com Fabiano Soares. Seguiu-se Augusto Inácio que, depois de ter conquistado a Taça da Liga, afundou-se com o Moreirense, e Manuel Machado, que teve uma estadia curta em na vila de Arouca.

Em abril, saíram Quim Machado e Jorge Simão, com Belenenses e Sp. Braga a juntarem-se a Nacional e Arouca num lote de equipas que já mudaram duas vezes de treinador!

Refira-se que nestas mudanças, três treinadores que abandonaram os comandos técnicos das equipas acabaram por rumar a outros emblemas do principal escalão do futebol português: Jorge Simão (trocou o Desp. Chaves pelo Sp. Braga do qual agora sai), Manuel Machado (começou no Nacional e rumou ao Arouca) e Petit, que saiu do Tondela e está agora no Moreirense.

Apenas cinco clubes - Benfica, FC Porto, Sporting, V. Guimarães e V. Setúbal - mantêm-se fiéis ao treinador que iniciou a temporada.

Alterações de treinadores na Liga:

Marítimo - Paulo César Gusmão, Daniel Ramos

Belenenses - Julio Velázquez, Quim Machado

Boavista - Erwin Sanchez, Miguel Leal

Rio Ave - Nuno Capucho, Luís Castro

Moreirense - Pepa, Augusto Inácio

Paços Ferreira - Carlos Pinto, Vasco Seabra

Estoril - Fabiano Soares, Pedro Gómez Carmona

Sp. Braga - José Peseiro, Jorge Simão

D. Chaves - Jorge Simão, Ricardo Soares

Feirense - José Mota, Nuno Manta

Nacional - Manuel Machado, Pedrag Jokanovic

Tondela - Petit, Pepa

Arouca - Vidigal, Manuel Machado

Estoril – Pedro Gómez Carmona, Pedro Emanuel

Moreirense – Augusto Inácio, Petit

Arouca – Manuel Machado, Jorge Leitão

Nacional – Jokanovic, João de Deus

Belenenses – Quim Machado, Domingos Paciência

Sp. Braga - Jorge Simão, Abel Ferreira