Andy Anson, director-geral da candidatura inglesa, derrotada pela Rússia na corrida à organização do Mundial 2018, afirmou que os actuais métodos de selecção da FIFA estão errados e deveriam mudar. Barack Obama, o presidente dos Estados Unidos, também criticou a escolha do Qatar para 2022.

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«Direi que não vale a pena candidatarmo-nos até que o processo mude e dê uma hipótese a candidaturas como a nossa», afirmou Andy Anson, que critica a exclusividade de voto de 22 pessoas. «Dá-lhes muita influência e poder», afirma, defendendo que o processo de escolha deveria ser «aberto a todas as federações, tornando-o mais transparente e ficando-se a saber porque é que votaram num determinado sentido».

Os ingleses não se conformam por terem perdido a organização do campeonato e explicam porquê: «Quando temos o melhor dossier técnico, relatórios das inspecções fantásticos, a melhor avaliação económica e, depois do que dissemos, a melhor apresentação, temos dificuldade em admitir que tudo não serviu para nada.»

«A Austrália tinha um dossier muito bom e não conseguiu mais do que um voto. A Inglaterra avançou com um projecto muito bom e alcançou dois. Os Estados Unidos apresentaram uma candidatura em termos técnicos incrivelmente forte e não passaram dos três. A soma de votos entre as três candidaturas na primeira volta não foi além dos seis», revelou Andy Anson e acrescentou: «Há aqui qualquer coisa que verdadeiramente não funciona».

Nos Estados Unidos, que eram candidatos à organização do Mundial 2022, ganhou impacto a reacção de Barack Obama à derrota. O presidente norte-americano disse que a FIFA tomou «a decisão errada» ao escolher o Qatar.