O Mundial 2014 vai aquecer o mundo do futebol, mas também vai causar danos na Terra.

A FIFA anunciou que o torneio do Brasil vai produzir o equivalente a 2,72 milhões de toneladas de dióxido de carbono, um gás de efeito de estufa, devido às inúmeras viagens de avião que se vão realizar.

Ou seja, um mês de Mundial produz a mesma quantidade de dióxido de carbono que 560 mil pessoas por ano num carro, de acordo com a agência de proteção ambiental norte-americana.

A maioria das emissões será provocada pelas viagens dos adeptos, cerca de 90 por cento. O resto será das atividades do próprio torneio, ou seja, viagens de equipas, árbitros e outros oficiais, assim como o uso dos hotéis destinados à organização, para além do uso dos estádios.

Por isso, a FIFA vai financiar vários projetos ambientais, de modo a compensar os danos causados.

O responsável pelo gabinete de responsabilidade social da entidade, Federico Addiechi, já declarou que a FIFA vai gastar vários milhões nesses projetos ambientais.

«Vamos compensar essas emissões a cem por cento», disse, para explicar depois que os projetos podem envolver a plantação de árvores, a criação de parques eólicos ou centrais hidroelétricas.

Um estudo da FIFA lista as emissões de dióxido de carbonioi do seguinte modo: 213,706 toneladas na Taça das Confederações, 38,048 de outras atividades, como por exemplo o sorteio da semana passada; de acordo com a entidade que rege o futebol mundial, só o sorteio produziu 5,221 toneladas. 2,47 milhões de toneladas do Mundial 2014, jogado em junho e julho.

«Comparado com outras atividades, isso não é nada», acrescentou Addiechi.
O Mundial 2010, na África do Sul, apresentou os mesmos problemas à FIFA assim como o Mundial 2018, na Rússia, será necessária uma grande quantidade de viagens aéreas durante o torneio.