A FIFA toma hoje a primeira de várias decisões difíceis que tem a tomar até junho: Curitiba fica ou sai do lote das 12 cidades-sede do Mundial-2014?

Os atrasos no Arena da Baixada têm sido muitos e, apesar de declarações recentes de Jérôme Valcke, secretário-geral da instituição, apontarem para bons sinais na decisão final, ainda existe o risco de Curitiba sair mesmo do lote das cidades que acolhem partidas da Copa.

Caso o pior cenário se confirme, tudo indica que a FIFA distribuirá pelos restantes 11 estádios os quatro jogos previstos para Curitiba (todos da primeira fase).

A vistoria marcada para esta terça, dia 18, é decisiva. Em caso da resposta ser «não», há vários problemas a resolver: redistribuição da tabela de bilhetes e viagens para os adeptos; perda de receitas do governo estadual; novo foco de tensão entre governo Dilma e FIFA.

Em Curitiba, donos de bares, restaurantes e comércio estimam que podem perder até 400 milhões de reais sem o Mundial.

A Espanha, nada menos que a campeã mundial em título, escolheu o Centro de Treino do Caju, do Atlético Paranaense,, para ser sua casa durante a primeira fase. Como disputa partidas em Curitiba, Rio de Janeiro e Salvador, a maior viagem da «roja» seria para a Bahia.

Sem Curitiba, tudo será diferente para Espanha e obrigará a uma reorganização de planos.

Apesar dos receios, ontem o secretário-geral da FIFA pôs água na fervura e comentou: «Temos uma equipe técnica que vai até Curitiba amanhã e então vamos dar a resposta final. Não estamos fazendo isso apenas pelo prazer de deixar todos esperando, mas haverá pessoas que vão lá para apresentar um relatório final».