Com o Mundial 2010 prestes a «fechar as portas», as atenções da FIFA começam a centrar-se na próxima edição da prova. Nesta quinta-feira foi iniciada a contagem decrescente para o torneio de 2014, que será organizado pelo Brasil.

Brasil pode ser dividido em quatro zonas

A apenas quatro anos de distância, os prazos para resolver alguns problemas «começam a afunilar-se», como reconheceu o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira. O imbróglio mais polémico envolve a cidade de São Paulo, que se arrisca a ficar de fora, já que não existem garantias financeiras para avançar para a renovação do Estádio do Morumbi. «O Estádio da Cidade do Cabo demorou dois anos e meio a ser construído», lembra o dirigente brasileiro, assumindo o exemplo da África do Sul.

Pouco preocupado com os receios relativos à segurança, é a questão dos transportes que mais preocupa Ricardo Teixeira: «Sempre disse que os três principais problemas do Brasil são: em primeiro lugar os aeroportos, em segundo os aeroportos e por fim os aeroportos.»

Mesmo com estes problemas por resolver, os brasileiros acreditam que o Mundial de 2014 será um sucesso. «As pessoas vão apaixonar-se ainda mais pelo Brasil. O Brasil vai mostrar finalmente a sua cara, e o Campeonato do Mundo vai deixar um grande legado», disse Romário, também presente nesta conferência de imprensa, realizada no Estádio Soccer City, de Joanesburgo. «Esperamos fazer o melhor Mundial de todos os tempos», disse o antigo internacional «canarinho».

Carlos Alberto Parreira acompanhou de perto a preparação da África do Sul para o Mundial, e por isso alertou o seu país natal para a necessidade de ultrapassar os problemas burocráticos. O homem que treinou os «Bafana Bafana» no Campeonato do Mundo lembra que «o Brasil tem responsabilidades perante o mundo, como país do futebol, o único que ganhou cinco títulos».