Nem foi preciso correr muito para a Argentina conseguir o feito de regressar às meias finais de um Campeonato do Mundo, 24 anos depois. A formação de Alejandro Sabella teve pela frente uma Bélgica apática, lenta e ineficaz. Bastou assim um golo madrugador de Higuain, aos 8 minutos, para carimbar o passaporte.

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Marc Wilmots apresentou um onze quase igual ao que defrontou os EUA nos oitavos de final, trocando apenas Mertens por Mirallas, mas a exibição dos Diabos belgas esteve a anos-luz da do jogo anterior.

Já Sabella, que tem sido muito criticado pelas exibições da Argentina neste Campeonato do Mundo, mudou três peças no onze. Basanta entrou para o lugar de Rojo, que está castigado. Demichelis jogou em vez de Fernandez, e Biglia substituiu Gago.

A Bélgica entrou bem no jogo, encontrando, nos primeiros minutos, o caminho até à área adversária, com Vertonghen a subir e a cruzar para a área. Mas, na resposta, Messi, com um excelente passe, colocou a bola em Di Maria, que viu Higuain de frente para a baliza e serviu o companheiro. O que aconteceu depois, surpreendeu a defesa e o guarda-redes belgas. Higuain, num remate à meia volta, rematou para o fundo da baliza, perante a passividade de todos. Estava feito o primeiro, e único golo da partida.

Desde então, a Argentina mandou no jogo, mesmo sem fazer uma grande exibição. A Bélgica não conseguia reagir, tentava o contra-ataque, mas sem velocidade. Os poucos lances de perigo resultaram de um remate de De Bruyne, um de Mirallas ao lado, e de cruzamentos de Vertonghen para a área.

Num jogo tranquilo para a formação sul-americana, houve também lugar para más notícias. Di Maria lesionou-se aos 33 minutos, e teve de ser substituído. Enzo Perez teve assim a opostunidade para se estrear no Mundial.

Aos 39 minutos, Messi teve nos pés o segundo, na cobrança de um livre. A bola passou muito perto da trave da baliza de Courtois.

Na segunda parte, Messi, também de livre, obrigou Courtois a esticar-se para impedir o golo. Logo a seguir, Higuain atirou à trave. Passados estes momentos de perigo, o jogo voltava à sua toada monótona, com a Argentina a gerir a magra vantagem e a Bélgica a ver o tempo passar.

Aos 60 minutos, Fellaini ainda fez a bola passar perto da baliza de Romero, após cruzamento de Vertonghen, mas sem conseguir chegar ao golo. As entradas de Lukaku, Mertens e Chadli, pouco fizeram para melhorar o jogo belga. E só um erro defensivo deu esperança à equipa de Wilmots. De Bruyne a cruzar para a área, Garay a tentar o corte e a enviar a bola para a baliza, mas Romero estava atento e segurou.

Nos últimos dez minutos, De Bruyne e Lukaku ainda tentaram, mas a defesa argentina resolveu bem. Messi também teve oportunidade de marcar, mas Courtois negou-lhe o golo.

A Argentina conseguiu assim voltar a estar nas meias-finais de um Campeonato do Mundo, 24 anos depois. A Holanda termina sem brilho a prestação na prova, num jogo em que a estrela de Hazard mal se viu.