*Enviado-especial ao Brasil

Visivelmente sorridente e descontraído, Carlos Queiroz só não achou muita piada a uma pergunta que lhe foi feita no final da conferência, ao ser sugerido que o Irão poderia ser a seleção contrastante num Mundial espectacular e com equipas vocacionadas para o ataque. A inferioridade assumida perante os adversários do grupo seria um alibi para jogar à defesa? Queiroz respondeu assim: «Se acredita que o bom futebol é só atacar e proporcionar muitos golos, passe os olhos pela imprensa espanhola e veja se eles estão contentes», frisou, acrescentando o exemplo da Argentina em 2010: «apresentou um futebol espectacular, e jogos com muitos golos, e depois sofreu uma eliminação a que nem Maradona - que é Maradona - resistiu», lembrou.

O técnico não rejeitou a ideia de que o Irão vai ter preocupações defensivas acentuadas, mas deixou bem claro que não tem de pedir desculpas por isso: «O futebol é jogado por equipas com valores e ideias diferentes. Um Mundial não é para ser jogado por tolos ou irresponsáveis. Mas uma coisa é defender, e procurar defender bem, e outra é jogar um antifutebol, em que não se tenta ganhar. Isso prometo: se a Nigéria nos deixar atacar, aproveitaremos», concluiu.