Triunfo justo do México frente aos Camarões, pela margem mínima, na Arena das Dunas. Oribe Peralta colocou a Tri na frente do Grupo A, a par do Brasil, num verdadeiro teste à paciência mexicana. Dois golos anulados a Giovani dos Santos, levando o avançado ao desespero. Para ele não foi Natal.

Héctor Herrera, médio do FC Porto, exibiu-se a bom nível e esteve nos principais lances de perigo da sua seleção. Os Camarões entregaram a iniciativa de jogo e procuraram surpreender em contra-ataque, sobretudo pelo seu flanco esquerdo.

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O selecionador Miguel Herrera apresentou o onze esperado – ele que não guarda segredos –, com três homens no bloco defensivo e laterais com ordem para atacar. Vazquez, Guardado e Herrera ganhavam a batalha no setor intermediário e alimentavam a dupla formada por Gio dos Santos e Oribe Peralta.

A seleção mexicana entrou em campo a todo o vapor e chegou rapidamente ao golo. Porém, surgiu a primeira nuvem cinzenta sobre Dos Santos na tarde chuvosa de Natal. Cruzamento bem medido de Hector Herrera, o avançado em boa posição – regular - e o cabeceamento certeiro. Supostamente, estaria em fora-de-jogo. Errado.

Os Camarões, com Samuel Etoo como referência atacante, responderam em poucos minutos. Destaque para uma brilhante iniciativa de Assou-Ekotto, passando por três adversários na esquerda antes de servir Etoo, com o avançado a rematar sem preparação, levando a bola a raspar o poste.

Após o primeiro quarto-de-jogo, o México parecia baixar a guarda. Porém, voltou a rondar a baliza de Itandje e teve de suportar mais um golo mal anulado a Gio dos Santos. Canto na esquerda, a bola desvia num defesa dos Camarões mas a equipa de arbitragem percebe mal e assinala posição irregular de Dos Santos, que finalizou ao segundo poste. Ainda pior.

A seleção africana agradecia e fazia o seu trabalho, com bastante músculo no setor intermediário mas pouca ligação entre setores e várias falhas no processo defensivo.

Assou-Ekotto foi a unidade mais perigosa dos Camarões e esteve muito perto do golo ao minuto 57. Seria injusto, saliente-se. Livre frontal, pé esquerdo na bola, esta desvia na barreira e passa a centímetros do poste.

O México despertou com essa ameaça e decidiu arrumar a questão. Grande trabalho de Hector Herrera, ao tabelar com Oribe Peralta. O médio do FC Porto lança depois Gio Dos Santos na área mas não era dia para ele – remate para defesa de Itandje. Seria Peralta, vindo de trás em velocidade, a colocar um ponto final no nulo.

Com meia-hora de jogo pela frente, os africanos procuraram responder e chegaram a criar um par de boas oportunidades. Em cima do minuto 90, após cruzamento de Assou-Ekotto – sempre ele – Moukandjou surgiu em excelente posição mas cabeceou fraco para defesa de Ochoa. A vitória mexicana, de qualquer forma, não merece contestação.