*Enviado-especial ao Brasil

A perspectiva de ver Miroslav Klose retirar-lhe o recorde de golos marcados em fases finais de Campeonatos do Mundo não tira o sono a Ronaldo. Mas pode tirar se esse ou esses golos afastarem o Brasil da final. É o próprio fenómeno a explicar o seu estado de espírito em relação ao tema: «Não vou sofrer nem um minuto se o Klose me tirar esse recorde. Mais tarde ou mais cedo alguém vai quebrá-lo, e isso é o mais natural. Agora, não gostaria nada de vê-lo marcar com a seleção do meu país. Interessa-me que ninguém marque, na terça-feira, e que o Brasil possa ser campeão», disse.

Quanto a Matthäus, sublinhou a importância que pode ter um ponta-de-lança com a experiência de Klose: «Contra a França ele não fez um grande jogo, mas é alguém que impõe respeito. Quando entra, os defesas têm sempre em conta que aquele é um jogador capaz de marcar 14 golos em Mundiais, e isso é uma vantagem psicológica importante», lembrou o capitão da Alemanha em 1990.

Num Mundial marcado por grandes exibições de jogadores que atuam como avançados livres, ou a partir da ala, têm faltado pontas-de-lança com capacidade para fazer a diferença. A pedido do Maisfutebol, Ronaldo comentou o tema, defendendo a ideia de que no futebol atual essas diferenças são esbatidas: «Ainda ontem o Mundial perdeu três grandes avançados, que se destacaram até aos quartos de final: Benzema, James Rodriguez e Neymar. Eu não discrimino atacante de área e atacantes pelos lados, no geral os atacantes têm feito um belo trabalho, tem havido muitos golos e vejo um nível muito alto. Para mim, não há nenhuma deceção em relação aos homens de área», afirmou.