*Enviado-especial ao Brasil

Com a seleção a ser alvo de fortes críticas, Joachim Löw mostrou algum poder de encaixe na antevisão do jogo com a França, reconhecendo que a sua equipa está a dever uma grande exibição a si mesma, depois da goleada na estreia com Portugal: «Não me parece que tenhamos sido muito consistentes, mas Gana e EUA tinham tudo a ganhar contra nós, e nesses jogos há uma vantagem psicológica para o mais pequeno. Depois, tivemos uma primeira parte muito má com a Argélia, a segunda já não tanto. Tivemos sete ou oito oportunidades e provámos ser capazes de lutar. Se não fôssemos, não teríamos ganho daquela forma, porque no prolongamento deixámos a Argélia de joelhos», frisou.

O técnico lembrou também que o avanço da competição faz com que as grandes equipas melhorem o rendimento nas alturas decisivas: «Não penso que alguma equipa já tenha atingido o seu máximo neste Mundial. A prova disso são os cinco prolongamentos e golos marcados nos últimos minutos dos jogos dos oitavos. Mas quem pensa que Argélia, Costa Rica ou México são equipas pequenas não percebe muito de futebol», frisou, no que pareceu ser um recado para algumas críticas publicadas na Alemanha. Mas nada disso, desmentiu a seguir: «Desde que estamos no Brasil quase não leio jornais. E se há alguma coisa mesmo importante, é o staff que ma transmite. Sei que a pressão é dura, mas até agora ganhámos três jogos e empatamos um. Não jogámos bem com a Argélia, mas somos capazes de fazer autocrítica. E lembro-me de que na África do Sul também se dizia que íamos embora depois de termos perdido o segundo jogo», concluiu.