*Enviado-especial

Muito criticado pelos seus adeptos, e não só, Alejandro Sabella, selecionador da Argentina, faz um balanço positivo do desempenho dos seus jogadores neste Mundial: «Até agora daria nota 7 à nossa equipa. Mas nem tudo é matemática no futebol», lembrou, antes de, ele próprio, recorrer a um paradoxo matemático-filosófico para explicar a necessidade de equilíbrio emocional como primeiro mandamento da sua equipa: «A partir de agora não há margem de erro, cada falhanço custa muito mais caro do que na fase de grupos. Por isso quero uma equipa fria e lúcida. Um grama de neurónio pesa mais do que um quilo de músculo, como disse um dia um filósofo», lembrou.

O selecionador admitiu que a influência das ações de Messi no desempenho da sua equipa, aceitando, após pergunta de um jornalista brasileiro, o paralelo com a influência de Neymar na equipa de Scolari: «São jogadores que contam muito e que podem sempre desequilibrar. Messi tem feito um Mundial à altura do que todos esperavam, a começar por ele próprio. Adeptos, colegas, treinadores, todos tinham expectativas muito altas, e ele está a corresponder», sublinhou.

Sabella não quis confirmar a entrada de Lavezzi para a vaga de Agüero («vamos manter o onze em aberto até amanhã») mas não poupou elogios ao avançado do PSG. Isto, apesar de Lavezzi o ter atingido deliberadamente com água, no decorrer do jogo com a Nigéria: «Foi uma brincadeira carinhosa, sabemos distinguir as diferentes personalidades de cada jogador e aquilo que nos dão em campo. O que posso dizer é que o comportamento de Lavezzi tem sido exemplar. Nunca fez má cara por estar no banco e tem contribuído para o bom espírito de grupo», elogiou, escusando-se no entanto a confirmar que será ele o escolhido.