Tostão foi um dos melhores jogadores brasileiros de todos os tempos.

Em entrevista exclusiva ao Maisfutebol e à Maisfutebol Total, Tostão antecipou o Mundial-2014, que começa na próxima quinta, em São Paulo, com o Brasil-Croácia.

Colunista do «Folha de São Paulo», analista e comentador em diversos órgãos de comunicação social no Brasil, Tostão passou de craque de topo a nível mundial, nos relvados, para especialista na análise das novas tendências do futebol.

E a verdade é qie Tostão não foi um entusiasta da mudança técnica de Mano Menezes para Scolari, no final de 2012. Em entrevista concedida ao Maisfutebol nessa altura, observara:
«Mano Menezes não devia ter saído».

Um ano e meio depois, com o triunfo claro na Confederações pelo meio, Tostão faz nova avaliação do trabalho de Scolari:


Que avaliação faz do trabalho de Scolari nesta segunda passagem? Foi um defensor da continuidade de Mano Menezes.
Sim, porque na altura não via razões para o Mano ser demitido, ele estava a fazer um bom trabalho. Agora, a partir do momento em que a CBF tomou essa decisão, o Scolari era dos técnicos mais preparados para o suceder. Ganhou a Confederações, isso foi muito importante. Esta seleção tem vindo a passar por um processo longo de preparação para a Copa.


TOSTÃO DECISIVO NO GOLO DO BRASIL À INGLATERRA NA COPA DE 70:




E quanto a Portugal, o que espera?
Portugal tem uma boa seleção com um jogador extraordinário, que é Cristiano Ronaldo. Vai depender muito de como estiver o Cristiano. Se ele estiver bem, Portugal pode sonhar com tudo. Acredito perfeitamente que a seleção portuguesa, num jogo, ganhe ao Brasil, à Alemanha. Pode acontecer. Colocaria Portugal num lote de seleções a seguir às quatro favoritas. E nesse lote caberiam equipas como Portugal, Itália, Bélgica, Holanda, Inglaterra, França, Colômbia... 


Mas nenhuma delas para ganhar a Copa.
Não é impossível. Depois da fase de grupos, cada seleção fica a quatro jogos de ser campeã do Mundo. Então, tudo pode acontecer. Também vejo muita qualidade no Uruguai, por exemplo. Tem atacantes fantásticos. Não acho impossível uma repetição da final de 1950, embora desta vez não seja provável. Acredito bem mais numa final Brasil-Argentina.


E no plano individual? Além dos nomes mais óbvios (CR7, Neymar, Messi), que outros jogadores tem expetativa de ver nesta Copa?

Esses três, desde que estejam bem, têm tudo para ser as grandes figuras, porque são de facto jogadores extraordinários. Mas há outros: gosto muito do Suarez, no Uruguai; a Colômbia tem bons executantes; há Pirlo na Itália, a Bélgica tem miúdos fantásticos. E, claro, nos Mundiais há sempre surpresas. 


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