* Enviado-especial

Luiz Felipe Scolari não acredita que as baixas forçadas de Neymar e Thiago Silva tinham diminuído a confiança dos jogadores brasileiros para o jogo desta terça-feira no Mineirão, em Belo Horizonte. Numa conferência de imprensa que deixou vários jornalistas à porta, por falha de organização da FIFA, o selecionador brasileiro fez-se acompanhar do defesa e capitão e procurou desanuviar o clima com uma ou outra piada de circunstância. Como quando admitiu que poderia experimentar o castigado Thiago Silva noutra função: «Vou trocar aquele baixinho e gorducho (N.R.: o adjunto Flávio Murtosa) pelo Thiago», brincou.

Mais a sério, Scolari considerou que a equipa já superou o choque provocado pela lesão de Neymar: «Eu acho que sim. Inclusive ontem, quando fui conversar com eles depois do jantar, eu vi uma série de risadas. E eu vi o quanto o David me imitava o jeito de falar e olhar. Eu acho que eles me entendem, o que não é muito difícil. Transparece muito nas minhas feições. E eles sabem o que é que a gente deseja quando alguma coisa não acontece como a gente preparou», disse antes de admitir que a equipa vai jogar com motivação acrescida, em nome do seu número 10: «Vamos jogar por nós e pelo nosso país, e por tudo aquilo que sonhamos, mas também um pouco pelo Neymar, por tudo o que significa para nós. A parte dele ele já tinha feito, agora é a nossa parte que nós temos de fazer. O Neymar deixou-nos muito de ele connosco e levou muito de nós com ele», resumiu.

O técnico optou também por não se alongar sobre a decisão do árbitro espanhol Velasco Carballo, de não punir disciplinarmente o colombiano Zuñiga: «Se ele não viu, não viu. Muitos lances acontecem em que o árbitro não vê uma falta», admitiu, conformado.