A Costa Rica vinha de fase de grupos fantástica, surgia até como favorita depois dos resultados com os «tubarões» Uruguai, Itália e Inglaterra. Mas a Grécia jogou mais, mostrou coração enorme ao empatar nos descontos, mas não soube aproveitar a superioridade numérica no prolongamento.
Em desempate nas grandes penalidades, os costa-riquenhos, sempre a surpreender neste Mundial, tiveram o mérito de concretizar 5/5, enquanto os gregos falharam uma (Gekas, com defesa Keylor Navas, já uma das figuras deste Mundial).
A primeira parte foi, como se esperava, equilibrada. Rapidamente se perceberam as características das equipas: Costa Rica mais criadora, a procurar o perigo; a Grécia na expetativa, a arriscar menos. Mas perante a incapacidade costa-riquenha de criar situações, os gregos foram crescendo no jogo. O último quarto de hora da primeira parte teve domínio helénico, com Karagounis quase, quase a fazer o primeiro.
A Grécia até entrou melhor no segundo tempo, mas foi a Costa Rica a fazer o golo, com Ruiz a aproveitar a primeira falha do setor defensivo helénico. Os gregos tremeram, podiam ter levado o segundo, mas Fernando Santos soube mexer, lançou Mitroglou, o ataque dava sinais de vida. E deu ainda mais depois da expulsão, por acumulação, de Duarte. A Grécia tinha meia hora para evitar a eliminação.
Entrou Gekas, saiu Salpingidis, os gregos passaram a ter dois homens de área para tentar tudo. E deu mesmo para o 1-1, já nos descontos, em mais uma prova do coração enorme desta equipa de Fernando Santos.
No prolongamento quase só deu Grécia, com exceção de um ou outro assomo ofensivo centro-americano. Os helénicos queriam evitar os penalties, os costa-riquenhos queriam arrastar a decisão para esse momento dramático.
Gekas foi o único a não conseguir concretizar, Navas voou para os quartos, onde a Costa Rica defrontará a Holanda, naquele que deverá ser o duelo mais desequilibrado (pelo menos em teoria) da próxima fase.
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