O astro da equipa. Herói da final do Mundial 2010, chega a esta edição depois de uma época algo intermitente ao serviço de um irregular Barcelona. Parece claramente o factor potencialmente decisivo para que esta selecção volte a repetir o sucesso recente. Ele está para a Roja como Platini ou Zidane estiveram em tempos para a França, Maradona para a Argentina ou Pelé para o Brasil, com a diferença de que faz menos golos do que todos estes jogadores.

Iniesta é um mago, daqueles que raramente se encontram nos campos de futebol, mas que, quando se encontram, despertam paixões à primeira vista. Não é um jogador exuberante, nem de marcar imensos golos (se assim fosse, estaria ao nível, ou até por cima, de Cristiano Ronaldo e Messi), mas a maneira como sai das zonas de pressão de cabeça erguida com elegância e eficácia é notável. Genial com a bola nos pés e inteligente a entrar nos espaços livres sem ela, distribui jogo, pauta os ritmos na segunda linha e carrega o piano sempre com muita classe. Predestinado, já entrou para o Olimpo do futebol, mas procura ainda aumentar um pecúlio já de si glorioso.

Por Francisco Sousa
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