*Enviado-especial ao Brasil

Kroos

O coração da Alemanha. É o jogador com mais passes efetuados neste Mundial, com eficácia acima dos 86 por cento, e somou nesta sexta a terceira assistência, número apenas superado pelo colombiano Cuadrado. Ganhou e cobrou o livre que deu a Hummels o seu segundo golo neste Mundial – e permitiu à Alemanha pôr o jogo no congelador. Defensivamente, travou um duelo empolgante com Pogba, limitando seriamente o raio de ação do médio da Juventus.

Neuer
Desta vez, com o bloco defensivo alemão mais recuado, não teve tantos pretextos para repetir a brilhante atuação como líbero, diante da Argélia. Mas, com muito mais trabalho do que Lloris, voltou a ser decisivo, em especial com uma defesa notável, com a mão esquerda, a remate de Valbuena (34 minutos). Num Mundial que tem dado papel de destaque aos guarda-redes, Neuer tem sido, no Brasil, exatamente o que já era fora do Brasil: o melhor de todos.

Hummels
Recuperado da gripe que o afastou do jogo com a Argélia, mostrou por que razão é indiscutível para Löw. No golo que marcou, de cabeça, a livre de Kroos, fez valer a experiência para ganhar o duelo físico com Varane, mas foi na vigilância a Benzema, coroada com dois cortes providenciais, na pequena área, a remates do avançado do Real, que o confirmou como um dos grandes centrais da atualidade – apesar do lance caricato aos 81 minutos que quase o

Pogba
Löw identificou-o como o grande alimentador do meio-campo francês e não se enganou: a dinâmica que imprime na ligação entre as duas áreas é impressionante. Por isso, teve direito a vigilância especial, por parte de Kroos, que encurtou a sua influência no jogo francês. Ainda assim, percebeu-se em dois ou três lances que é um jogador de classe extra – a França sentiu-lhe terrivelmente a falta.

Griezmann e Valbuena
Sacrificando Giroud e trazendo de volta Benzema à posição de ponta-de-lança, Deschamps manifestou respeito pela Alemanha mas, acima de tudo, pagou tributo às boas intervenções de Griezmann nos jogos anteriores. No entanto, com Pogba afastado do jogo por largos períodos e Benzema bem vigiado pelos centrais, os dois alas tiveram demasiadas responsabilidades no ataque à muralha – um papel que Valbuena desempenhou melhor que Griezmann. Ficou a ideia de que Deschamps levou o seu plano longe de mais: as entradas de Rémy e Giroud pareceram francamente tardias.

Confira a FICHA DO JOGO.