Enviado-especial ao Brasil

Capitão da seleção francesa, o guarda-redes Hugo Lloris não poupou elogios à atuação do seu homólogo alemão, Manuel Neuer, no jogo dos oitavos de final, com a Argélia. Em pleno auditório do Maracanã, perante mais de 400 jornalistas, foi assim a sua chapelada de conhecedor, no lançamento do França-Alemanha desta sexta-feira: «Quando as equipas jogam com a linha defensiva muito subida, o guarda-redes tem de ser capaz de fazer a função de líbero. Neuer é o guarda-redes mais completo do mundo e fez esse papel, com a Argélia, de maneira notável», afirmou.

Para Lloris, aliás, o Mundial do grande espectáculo tem sido, também, o Mundial dos guarda-redes: «Os jogos têm sido abertos, com muitas ocasiões de golo, às vezes demasiadas. Mas ainda bem para os adeptos, porque isso é espectacular. E valoriza este posto, que por vezes é menos apreciado do que devia», lembrou.

Como capitão, Lloris recusou a ideia de que a França pudesse partilhar o favoritismo com os alemães: «Só nos focamos neste jogo, ao contrário de outros grandes países que assumiram ambições altas no início do Mundial, como é o caso da Alemanha, do Brasil, ou da Espanha, que já nem está aqui. Mas não sendo favoritos, não temos receio, porque temos consciência de que num jogo só tudo é possível. Somos todos competidores e vamos ser combativos: por nós, pelos nossos amigos e família e pela França. Entre duas equipas habituadas a assumir o jogo, podemos esperar tudo», garantiu.

A terminar, não deixou de impressionar a secura da sua resposta à última pergunta da conferência: a equipa contactou Franck Ribéry, profundo conhecedor dos jogadores alemães, para preparar o jogo de sexta? «Não falámos. Mas pensamos muito nele», limitou-se a dizer.