* enviado-especial ao Brasil

O anúncio da nomeação de Nicola Rizzoli acabou com as esperanças de alguns árbitros que pareciam bem cotados para discutir a distinção. Entre eles, o português Pedro Proença (cuja decisão de assinalar penálti sobre Robben nos últimos instantes do Holanda-México foi valorizada pela FIFA, no vídeo com que Busacca ilustrou alguns momentos chave deste Mundial), o brasileiro Sandro Ricci ou o norte-americano Mark Geiger, apontados como exemplo de escolhas menos polémicas por parte de um jornalista brasileiro, claramente contrário à escolha da FIFA.

Na sua pergunta, os profundos laços entre argentinos e italianos e o facto de Rizzoli já ter dirigido dois jogos da Argentina na competição, sendo muito criticado pelo selecionador da Bélgica, Marc Wilmots, no final do jogo foram algumas das razões apontadas para criticar a escolha. Busacca ouviu, escusou-se a falar em concreto de Proença, e outros nomes apontados como alternativa, e defendeu-se assim: «Houve muitos árbitros a conseguir um excelente percurso neste Mundial. Só há dois critérios para explicar esta escolha: qualidade e momento. Não podemos dizer a um árbitro que não pode dirigir uma final de um Mundial porque há cem anos os seus avôs emigraram para outro país. E se levássemos em conta as críticas não podíamos nomear ninguém», disse.

O facto de o lance mais contestado de Pedro Proença ter sido protagonizado por Robben, um jogador que admitiu ter simulado em outras ocasiões, foi também tema de pergunta, que Busacca optou por contornar: «Não vou particularizar, respeitamos todos os jogadores. O que posso dizer é que os árbitros têm de limpar o registo passado dos jogadores quando vão decidir. Não se pode toma ruma decisão com base no que o jogador fez antes, é preciso avaliar cada caso a partir do zero», disse.