Enviado-especial ao Brasil

Beto foi o primeiro jogador a assumir que há problemas físicos na Seleção Nacional depois do empate que Portugal consentiu diante dos Estados Unidos (2-2), em Manaus, em jogo da segunda jornada do Grupo G do Campeonato do Mundo. O guarda-redes fala em «algumas situações de sacrifício».

«Mais do que criticar o quer que seja, vou dar a minha opinião pessoal. Há muitos jogadores com muitos jogos nas pernas, foi uma época exigente. Os jogadores estão aqui de corpo e alma, estão a fazer um sacrifício enorme para estar aqui. Um sacrifício que não é sacrifício, porque é um orgulho estar aqui, mas fisicamente com alguns problemas que nos têm vindo afetar. Estão aqui de corpo e alma e não querem abandonar este grupo, acho que é de valorizar o esforço que estes jogadores estão a fazer. É verdade que também não temos sido bafejados pela sorte, já são cinco lesões, se não me engano, são contratempos atrás de contratempos, mas é por isso que temos de lutar», destacou na zona mista, logo após o final do jogo.

O guarda-redes lamenta, acima de tudo, o resultado, num jogo que era particularmente especial para ele. «Para primeiro jogo oficial pela Seleção, obviamente que queria outro resultado, mas não foi possível. Fizemos um bom jogo, uma boa primeira parte, controlámos o jogo, mas o golo dos Estados Unidos afetou bastante a equipa. Tínhamos planeado fazer um segundo golo e tranquilizar a equipa, mas mais uma vez que tivemos de ir em busca de um resultado. Tivemos de nos alongar bastante, acabámos por sofrer três ou quatro contra-ataques, um deles deu golo», comentou.

Portugal está obrigado a vencer o Gana e, ainda assim, depende de terceiros, mas Beto não perde a esperança. «Fica a sensação que nos está a faltar algo para ganhar o jogo, acredito que esse algo vai chegar no dia do jogo com o Gana. É difícil, uma tarefa bastante difícil para nós. Temos de conseguir uma vitória com uma diferença de golos elevada e esperar pelo resultado da Alemanha, mas é essa a realidade que temos», referiu ainda.