Para o antigo internacional português, para além de Portugal, Brasil, Espanha e Alemanha são favoritos à vitória no Campeonato do Mundo. Num patamar abaixo estão França, Inglaterra e Argentina, apontou Pedro Mendes, em entrevista à agência Lusa, acrescentando que a
Bélgica e a Colômbia podem vir a ser «
boas surpresas».
A primeira partida da Seleção Nacional é com a Alemanha. «Em qualquer competição o primeiro jogo é muito complicado», apontou Pedro Mendes, prosseguindo: «Perdendo, é logo uma pressão acrescida para o segundo jogo. Independentemente do adversário que for, és obrigado a vencer, não podes falhar. Estou curioso para ver como Portugal e Alemanha vão abordar o jogo.»
Portugal faz parte do grupo G, com a Alemanha, uma das candidatas à vitória final; o Gana,
uma «equipa forte, com bons jogadores»; os EUA, onde
Jurgen Klinsmann
será importante em termos de motivação:
«Toda a gente quer ir o mais longe possível, mas voltamos ao velho chavão: o importante é passar a fase de grupos e, depois, ter sorte na seleção que nos calhar. Depois é um jogo, o ‘mata-mata', e com todos a remar para o mesmo lado penso que é possível ir longe.»
A condição física de Cristiano Ronaldo preocupa os portugueses. Pedro Mendes espera que o seu antigo companheiro de seleção recupere: «Ainda falta muito tempo. De certeza que está a realizar um trabalho específico e todos esperamos que o Cristiano esteja na sua plenitude. É um jogador importantíssimo porque, mesmo não jogando bem, provoca problemas na outra equipa, porque arrasta dois, três jogadores na marcação e liberta espaços para os colegas".»
«Estando bem», o capitão da equipa das quinas pode mesmo ser o melhor jogador e marcador da competição, até porque «não é aquele avançado que precisa que lhe deem bola: ele vem buscar, ele cria, ele finaliza, ele resolve». «Estando no seu normal, é um dos candidatos a melhor jogador do Mundial», apontou Pedro Mendes.
A eventual dependência de Ronaldo é desvalorizada por Pedro Mendes: «É mesmo assim. Quando estás naquele sufoco lá atrás, tens que ter aquele jogador lá na frente a quem podes dar a bola que ele resolve. Por isso é que ele é o melhor do mundo, por isso é que há jogadores que são brilhantes e se diferenciam de todos os outros.»
Pedro Mendes destacou ainda os «jogadores de equilíbrio, que são importantíssimos», classificando Bruno Alves e Pepe como «dois centrais de classe mundial» e Moutinho como «o relógio ali do meio, por quem tudo passa». «É um jogador inteligente que equilibra toda a equipa, cria linhas de jogo e joga entre espaços», referiu.