O selecionador de futebol de Inglaterra, Gareth Southgate, garantiu esta quinta-feira estar «sem preocupações» quanto à segurança na Rússia, país que recebe o Mundial 2018 nos próximos meses de junho e julho.

«Se fosse um adepto, eu ia. Já estive algum tempo na Rússia e achei incrivelmente confortável. Mas cada um é responsável pelo que quer fazer», referiu Southgate, à margem da antevisão do jogo particular desta sexta-feira, ante a Holanda, em Amesterdão.

A questão da segurança inglesa na Rússia foi levantada após a expulsão de 23 diplomatas russos de solo britânico. Algo que surgiu na sequência do caso de envenenamento do antigo agente duplo Sergei Skripal e da sua filha.

Southgate recusou ainda comentar as palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, que comparou o Mundial 2018 à propaganda de Hitler nos Jogos Olímpicos de 1936.

«É de pouco interesse. Estive na Rússia no ano passado e estiveram lá cerca de 15 mil adeptos do Chile», ilustrou, citado pela BBC.

A situação já manifestou um boicote diplomático ao Mundial por parte de Inglaterra: os ministros e membros da família real não vão deslocar-se a solo russo para a competição. Alguns deputados referiram ainda, ao longo da última semana, que a Inglaterra não deveria disputar o Mundial.

Já o ministro britânico dos desportos, Matt Hancock, que também descartou comentar as declarações de Brian Johnson, referiu que a «melhor resposta seria jogar e a Inglaterra ganhar o Mundial».

Há 24 mil pedidos de bilhetes por parte de adeptos ingleses para ir ao Mundial e Brian Johnson também referiu que as autoridades russas devem assegurar que os ingleses «serão bem tratados e estarão em segurança».

«A situação está em desenvolvimento. Não sabemos como vai ser em junho, mas o panorama atual não me vai impedir de ir», acrescentou Southgate.

A Inglaterra integra o grupo G do Mundial, juntamente com Panamá, Tunísia e Bélgica.