O selecionador da Tunísia, Nabil Maâloul, alertou este domingo a equipa de Portugal para as dificuldades que adversários como Irão e Marrocos possam colocar à equipa das quinas no grupo B do Mundial 2018. Isto apesar de considerar que a seleção das quinas «é um dos fortes candidatos aos primeiros lugares» na prova. Sobretudo por ter um jogador como Cristiano Ronaldo.
Numa análise às semelhanças da Tunísia com Marrocos, um dos três adversários de Portugal e africano, tal como os tunisinos, Maâloul fez notar a seleção iraniana, orientada por Carlos Queiroz.
«Tem muitas semelhanças [Marrocos], mas não esqueçamos o Irão, penso que será uma das atrações deste Mundial. Jogámos contra eles [ndr: jogo de preparação a 23 de março, Tunísia venceu por 1-0] e estão a fazer uma grande preparação. É um grupo muito difícil para Portugal. É verdade que existe a Espanha, mas não devemos menosprezar Marrocos nem Irão. Mas Portugal tem individualidades para passar à segunda fase», referiu o técnico de 55 anos.
Sobre a sua Tunísia, inserida no grupo G do Mundial, com Inglaterra, Bélgica e Panamá, Maâloul fala «num grupo muito difícil», mas acredita na passagem «à segunda fase e talvez aos quartos de final».
Quanto ao embate ante Portugal, marcado para as 19h45 desta segunda-feira, Mâaloul antevê um adversário com «qualidades futebolísticas» e «jogadores talentosos». Ou não fosse o «campeão europeu» em título. «Espero é que estejamos prontos a 18 de junho para o primeiro jogo, contra Inglaterra», atirou.
O grupo da Tunísia conta, para já, com 29 jogadores, que será reduzido aos 23 definitivos a 1 de junho. Até lá, o selecionador quer «poupar lesionados» e «dar oportunidades» a todos para elencar a lista final. O jogo com Portugal é crucial nesse sentido.
«Faremos testes com jogadores que não jogaram nos últimos jogos, para ter uma ideia precisa. Vamos jogar contra uma das maiores equipas internacionais. Vamos implementar o que sabemos e trazer dificuldades a Portugal».
No meio de tudo, o regime do Ramadão, tradição muçulmana que toca à Tunísia, que vai de 16 de maio até 14 de junho, data de início do Mundial. Como enfrenta a equipa esta situação?
«Já vivi outras preparações. Com a seleção de Kuwait, por exemplo. Tentamos antecipar tudo o que seja necessário para os jogadores. A preocupação é a hidratação, para prevenir lesões musculares. Tentaremos lidar», abordou Maâloul.
