Apesar do possível mal-estar que o anúncio da saída de Lopetegui para o Real Madrid possa ter provocado na seleção espanhola, primeiro adversário de Portugal no Mundial, Bernado Silva acredita que os espanhóis partem em ligeira vantagem para o confronto.

Isso mesmo defendeu o médio português na manhã desta quarta-feira, em Kratovo. «Toda a gente reconhece que Espanha é um dos favoritos ao Mundial e parte como favorito para este jogo», assumiu, não escondendo, porém, que a seleção lusa vai procurar o triunfo. «Temos ambição e sabemos que se jogarmos a bom nível podemos ganhar. Se formos consistentes a defender e ao mesmo tempo tivermos ambição para atacar e criar dificuldades à seleção espanhola, podemos ir à procura da vitória», acredita.

Sem se mostrar preocupado com a titularidade, o jogador garante que todos estão preparados para ajudar a equipa. «Somos 23 e o selecionador só pode escolher 11. Os outros 12 têm de estar motivados para ajudar a seleção. Nós estamos todos prontos para começar, para ficar no banco e, se for preciso, ajudar. Temos de encarar isso com espírito de sacrifício e com o máximo de motivação para ajudar a equipa», refere.

Já sobre a posição no campo onde se sente mais à vontade, o médio garante que pode jogar onde o treinador o colocar, ainda que assuma sentir-se mais à vontade à direita ou ao centro.

«Nos últimos anos joguei quase sempre na direita. Por isso, a minha posição natural é no meio ou na direita. Apesar de já ter feito algumas vezes o lado esquerdo, sinto-me melhor à direita», confessa.

Bernardo Silva foi ainda confrontado com os elogios que Guardiola, seu treinador no Manchester City, lhe fez durante toda a época e que lhe poderão valer, agora, maiores atenções dos jogadores espanhóis, considerando que toda a seleção portuguesa merece atenção porque é «muito forte.»

«Acho que a Espanha deve ter estudado a nossa seleção bem, como nós os estudámos a eles. Para mim, é um orgulho ouvir as palavras do Guardiola, mas acho que têm de ter atenção a toda a equipa, porque somos uma seleção muito forte», aponta.