Bernardo Silva acredita que depois da conquista do Euro2016, a seleção portuguesa é vista de maneira diferente. O médio do Manchester City admite que Portugal não é favorito à vitória final do Mundial 2018, mas assume que a equipa das quinas vai entrar com tudo na prova.

«Obviamente que temos intenção e muita ambição de ganhar esta competição, sabendo que não somos favoritos. Pela história neste tipo de competições, há outras seleções que partem como favoritas, mas obviamente queremos entrar com toda a força para ganhar», começou por dizer, em declarações à Federação Portugal de Futebol

«Acho que depois de ganharmos o europeu é óbvio que todas as seleções e também os próprios adeptos olham para a seleção de Portugal de uma maneira diferente, isso é normal, e obviamente que a pressão também está sempre associdada a este tipo de coisas, mas acho que a este nivel é uma coisa boa, é sinal que a seleção nos últimos anos tem feito um bom trabalho e que a expectativa é alta», prosseguiu.

O jogador de 23 anos fez depois uma antevisão dos adversários na fase de grupos: «Sabemos que é uma competição longa, difícil, que começamos contra provavelmente um dos favoritos, que é a Espanha, uma das melhores seleções do mundo. Depois temos um segundo jogo contra uma equipa muito forte [Marrocos]. Pessoalmente joguei em França, conheço vários jogadores e posso dizer que é uma seleção mesmo muito forte e organizada. Depois jogamos contra o Irão que é treinado por um selecionador que todos nós conhecemos [Carlos Queiroz] e portanto acho que vai ser um grupo bastante complicado, mas vamos dar o nosso melhor para conseguir passar o grupo e depois pensar jogo a jogo para chegar ao objetivo final.»

A maior parte dos jogadores do conjunto luso já jogam juntos há algum tempo e para Bernardo Silva, esse é um fator que pode ajudar. 

«É sempre bom estarmos juntos de novo porque a maior parte de nós ou fez formação juntos ou jogou na mesma equipa em Portugal e portanto, além de termos esta ligação do mesmo país, muitos de nós já somos amigos de longa data e é sempre bom voltarmos a estar juntos. Acho que as equipas que já se conhecem há mais anos tornam tudo mais fácil. Os jogadores já conhecendo as qualidades e os defeitos uns dos outros torna tudo um bocado mais automático», afirmou.

Sobre os jogos de preparação, o internacional português espera que ajudem na preparação do Mundial: «Os jogos com a Tunísia e da Argélia, por serem equipas africanas, enquadram-se bastante no estilo de jogo de Marrocos. A Bélgica, por ser uma equipa europeia, talvez mais ao estilo da Espanha e portanto vamos dar o nosso melhor para preparar da melhor forma esses jogos, para os ganhar, e para chegar ao campeonato do mundo com a confiança no máximo para começarmos bem.»