Lionel Scaloni referiu que as autoridades de saúde brasileiras queriam «deportar» os seus jogadores, nomeadamente Emiliano Martínez, Buendia, Lo Celso e Romero durante o Brasil-Argentina. Lembre-se que agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil e da Polícia federal entraram no relvado quando o jogo decorria.

«Quero que o nosso país entenda o que aconteceu. Fico muito triste pelo que acabou de acontecer. Não estou à procura de culpados. O que deveria ter sido uma festa para todos com os melhores jogadores do mundo e termina assim. Como treinador tenho de defender os meus jogadores: vieram dizer que os queriam deportar e se os têm de levar, não posso permiti-lo. Em nenhum momento alguém nos disse que não poderíamos jogar. O delegado da CONMEBOL disse-me para irmos para o balneário e foi o que fizemos. Queríamos jogar assim como o Brasil», disse, citado pelo jornal «Clarín».

Mais tarde, o presidente da Federação argentina, Claudio Tapia, rejeitou a ideia de que Emiliano Martínez, Bundia, Lo Celso e Romero mentiram na chegada ao Brasil quando preencheram o questionário sanitário. 

«Não se pode falar de mentira. Há uma legislação sanitária, as autoridades sanitárias aprovaram o protocolo vigente. Nós cumprimos tudo porque queremos que os jogadores regressem bem aos clubes. O que se viveu foi lamentável: quatro pessoas sem máscara invadiram o campo e interromperam o jogo. O regulamento diz que quando alguém externo ao jogo interrompe o encontro. este deve ser suspenso. Agora estamos com os nossos jogadores e já antecipámos o avião para voltarmos à Argentina», referiu, citado pela mesma fonte. 

Segundo as autoridades, os jogadores em questão não comunicaram, na resposta ao questionário, a passagem por Inglaterra, o que foi entendido com uma violação das normas sanitárias em vigor no Brasil. Apesar disso, cita a imprensa brasileira, receberam luz verde da parte da CONMEBOL e da CBF para poderem estar no jogo.

Isto já depois de a Anvisa ter notificado a Polícia Federal por declarações falsas dos quatro atletas.

A lei brasileira determina quarentena obrigatória de 14 dias para estrangeiros que tenham estado no Reino Unido nos últimos 14 dias, o que sucedeu com os referidos jogadores que representam Aston Villa e Tottenham.

[artigo atualizado às 22h13]